segunda-feira, janeiro 30, 2006

Não está a nevar!

Algo me diz que, daqui a poucos anos, a novidade vai ser um Inverno sem nevar…

Isto anda mau

Primeiro começámos com os tremores de terra. Depois o outro foi eleito PR. No sábado o Benfica perdeu. Ontem nevou. Pronto, para a desgraça ser completa já só falta o Santana Lopes ter um qualquer cargo político. Cruzes canhoto!

Redondas e brilhantes

Chateia-me um pouco o fascínio que o bicho Homem tem pelas datas redondas e pelas “coisas” brilhantes.

Está toda a gente a comemorar o 250º aniversário do nascimento de Mozart. Concertos, ofertas de cds, reportagens, todo um rol de objectos – o dito merchandising – etc, etc. E porquê? Porque o tipo nasceu há 250 anos. Se fosse 238 ninguém ligava. Quando for 251 ninguém liga também. Porquê o 250? Porque é redondo. E quando não é redondo, arranjam-se desculpas para realizar grandes comemorações, como foi no caso dos 25 anos do 25 de Abril. Foi a história do ¼ de século, ou de “casar” os anos. A malta quer é comemorações, e quanto mais dinheiro se fizer com a coisa, melhor.

É também irritante para mim o fascínio que temos pelas coisas brilhantes. Desde o carro que tem que ficar a brilhar quando se lava, até ao óbvio das pedras e metais preciosos. Para que serve o ouro, por exemplo? Para nada. O grande atractivo, e daí o preço elevado, é ser uma coisa relativamente rara e… brilhar! Um diamante é a mesmo história: raro e brilhante. Isto apesar de ser da mesma família que o carvão. Mas o carvão não brilha. Nem é raro.

Com isto em mente, não estranhem se um dia virem alguém com os “ditos cujos” de fora e a brilhar. É o fascínio senhores, é o fascínio…

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Efeméride

Se Mozart fosse vivo, fazia hoje 250 anos...

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Sexo falante

Uma notícia do Portugal Diário afirma que o sexo ajuda a falar em público, uma vez que reduz a ansiedade.

Tem que ser ao mesmo tempo? Não será um pouco difícil estar - como dizer? – na prática e, ao mesmo tempo, discursar para uma qualquer plateia? Imaginem se todos o fizéssemos. De certo que os debates na Assembleia da República, transmitidos pela TV Parlamento, eram campeões de audiência… ou talvez não. Tenho arrepios só de pensar no Marques Mendes a alternar um «ganda nóia» com um gemido, um «yes» ou um «bate com mais força».

Notícia aqui.

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Natal dos Presidenciais

Na noite das eleições presidenciais, José Sócrates interrompeu o discurso do candidato Manuel Alegre. Elementos do Partido Socialista afirmam que não tinham essa intenção, uma vez que no caminho desde a sala onde estava o PM até ao local do discurso, não existia, ao que parece, nenhuma televisão.

Não estranhem se no próximo Natal dos Hospitais o Jorge Gabriel, entre lares e creches, oferecer uma TV ao PS.

terça-feira, janeiro 24, 2006

Carina, a Esteticista

Hoje no comboio seguiam três moças da minha idade (não sou capaz de dizer mulheres porque isso lembra-me a idade adulta, e elas não era tão adultas quanto isso. Tal como eu, à beira dos 30, também não o sou...). Pelo que percebi, estavam a tirar um curso de esteticismo. Uma delas virou-se e disse:

- A Carina não tem perfil para esteticista. É baixa...

Mas existe uma altura mínima para ser esteticista? O que isso pá? O concurso da Miss Portugal?

Coelhos de duas patas

Segundo uma notícia da TSF, «um grupo de cientistas do King's College, em Londres, quer avançar com a clonagem de embriões a partir de óvulos de coelhos e ADN humano».

Escusavam de ser dar ao trabalho. Já temos entre nós um espécimen desse cruzamento…

domingo, janeiro 22, 2006

Estados Unidos da Lusitânia

Se há coisa que me irrita é a crescente “americanização” deste nosso Portugal. Os fast-food eu aguento. Os cinemas com pipocas eu aguento. Os artistas de rap de meia-tijela, com aquela atitude do “Yo”, eu aguento. Os centros comerciais eu aguento. O dia de Halloween eu aguento. Os filmes de “pachachada” ao fim-de-semana eu aguento. As t-shirts com a bandeira das riscas eu aguento. Etc, etc.

Agora, um Bush à portuguesa não sei se aguento…

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Galinhas doidas

Acontece-me muitas manhãs. Assim que coloco os pés no chão, vem-me uma música à cabeça e aí fica durante algum tempo. É um verdadeiro Top+, mas sem a adolescente Catarina Furtado. Normalmente a música tem a ver com o dia anterior, seja por a ter escutado, seja por ter ouvido falar de algum grupo e recordar-me de alguma das suas melodias. Por vezes acontece lembrar-me de uma música que já não escuto há muito tempo, ou apenas recordar-me da malha de baixo de determinado tema. Acontece que depois tenho que a escutar, senão não descanso.

Hoje acordei com o som da “Think About You” dos Guns N’ Roses. A explicação é simples: por estes dias tenho andado a escutar o álbum “Apetite For Destruction”, como que recordando os sons da adolescência.

Depois de explicadas as razões para que isto me aconteça, gostava de solicitar alguma ajuda. Se souberem responder, avisem: porque raio é que acordei no outro dia com a porra da canção «doidas, doidas, doidas, andam as galinhas…»?

Gaspaio

O Vicente apelidou a minha geração de “rasca”. Nós contrapusemos com a denominação “geração à rasca”. De facto, ainda hoje assim nos encontramos: à rasca. Continuamos, pelo menos grande parte, sem rumo ou objectivos concretos. Infelizmente, vai-se aplicando a portuga característica do «vai-se indo».

Depois de muito pensar, descobri o mal para esta situação. É que sofremos um trauma em pequenos, do qual ainda não nos conseguimos livrar, tal como todos os traumas de jeito. Lembram-se da série portuguesa “Os Amigos de Gaspar”? Aposto que sim. A razão de todos os males está aí.

Sempre que virem um jovem adulto cabisbaixo, com ar pensativo ou, simplesmente, triste, tenham uma certeza. O que vai no pensamento dele é a pergunta «mas que c… é que o asterisco verde queria dizer com o “ó soio toio soio Gaspaio”»?

Pedir vs. Chantagem

Não dou. Pura e simplesmente não dou dinheiro a pedintes. Bem sei que muitos até mereciam uma parte do meu pecúlio, mas, e aplicando a velha máxima, «paga o justo pelo pecador». No entanto, o que me irrita solenemente é o pedido do estilo «eu estou a pedir para não andar a roubar». Irrita-me. Irrita-me e é chantagem. É tentar meter medo aos mais medricas dizendo «dê-me agora senão, um dia, quando passarem num beco escuro eu saco-vos a massa toda». Irrita-me mesmo.

Hoje de manhã um tipo fez isto no comboio para o trabalho. Deve ter adivinhado o que eu estava a pensar. Nem se aproximou.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Balhelhas rurais

O título pode ser enganador. Na realidade, não vou falar acerca de uma qualquer coisa ocorrida no campo. Serve apenas este post para vos revelar duas palavras que tenho alguma dificuldade em pronunciar, uma delas em português, outra na língua inglesa. E são elas:

  • Balhelhas – que digo como se tivesse levado uma anestesia na boca. Todos os músculos, língua inclusive, se revoltam e cada um puxa para seu lado. Dizê-lo ao comer um suspiro é altamente desaconselhado.
  • Rural – dizer esta palavra na língua inglesa é um martírio. Parece que tenho a boca cheia de caroços de cereja.

Já agora, desafio os senhores “ouvintes” a pronunciarem as mesmas palavras e partilharem as sensações daí decorrentes.

E lembrei-me de falar disto, primeiro, porque uma colega disse a tal de “balhelhas”. Depois, e em segundo, porque me lembrei do senhor CANDIDATO à Presidência. Eu consigo dizer a palavra “progresso”. Ele diz qualquer coisa como “puguesso”. Volta Glória de Matos que estás perdoada.

terça-feira, janeiro 17, 2006

Zé Carlos & Religião

Mais outra daquelas “piadolas” inventadas por moi e das quais poucos gostam.

O Zé Carlos nunca acreditou na existência de um ser superior. Para isso muito contribuiu o facto dele viver num sótão.

Taras & Manias

Não, não vou falar do Marco Paulo. Na realidade, o título esteve para ser outro, mas assim que comecei a escrever aquele surgiu do nada. Serve esta mensagem para informar-vos que sou obsessivo compulsivo, ou seja, tenho as minhas obsessões, compulsões e rituais. Mas não é nada de grave… digo eu! Fiquem então com uma lista das minhas “nóias”, algumas mais Júlio de Matos que outras:

  • De cada vez que me oferecem comida, digo SEMPRE não. Mesmo que, dois segundos depois, esteja a dizer que «sim, se faz favor».
  • Quando faço a barba, começo SEMPRE pelo lado direito da cara, junto à patilha.
  • Cada vez que ando na rua verifico SEMPRE, pelo menos uma vez, se tenho a braguilha aberta.
  • Quando tranco a porta de casa pelo lado de dentro, dou SEMPRE as duas voltas completas até ao fim, e depois meia volta e retiro a chave.
  • Ao pagar com trocos, entrego o dinheiro SEMPRE com as moedas viradas para o mesmo lado, ou seja, com o valor unitário para cima.
  • Ao comprar o jornal, retiro SEMPRE os eventuais cadernos que tenha para, assim, ler primeiro o principal.
  • SEMPRE que vejo um atacador fora dos ténis (já que os coloco SEMPRE para dentro), tenho que parar e colocar tudo como estava.

E pronto, são só algumas. Não é assim tão mau, pois não?

Malefícios informáticos

Sabem quando se nota que passam demasiado tempo ao computador? Quando se escreve mal uma palavra, num qualquer pedaço de papel, e, durante um segundo, esperamos que surja aquele sublinhado a vermelho do Word a indicar o erro. Aconteceu-me hoje...

A luz

Este post vai na senda de um a que apelidei de "Pensamento do dia". Como não gosto muito dessa designação, optei por alterar. À semelhança do outro, só eu é que acho piada (e mais algumas mentes iluminadas). Então cá vai:

Uma vez disseram ao Zé Carlos «vai, e que a luz te acompanhe». Ele comprou uma lanterna.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

A pé com estilo!

Ouvi no Telejornal que, ano passado, o calçado e o vestuário foram os produtos que menos sofreram de aumentos, enquanto que os preços dos transportes públicos foram dos que mais se agravaram.

Resultado? Vamos a pé, mas com estilo!

Pensamento do dia

Não é bem um pensamento, mas foi inventado por mim. E já me fartei de rir à conta disto. Claro que mais ninguém acha piada a não ser eu.

Desde pequeno que diziam ao Zé Carlos que ele nunca haveria de sair da cepa torta. Muito contribuiu para isso o facto dele ser marreco.

King Kong

No comboio um tipo dissertava sobre as dificuldades de adaptação dos jogadores de futebol russos a um outro país (isto a propósito das declarações de Karyaka, o ainda jogador do SLB). Dizia ele que «os ucranianos não, mas os russos…» e «deve ser por terem saído do comunismo há pouco tempo».

Mas nem era isto o engraçado. O facto era que ele proferia o seu discurso enquanto tirava o característico burrié (o tão famoso “macaco”). E fazia-o com o dedo mindinho! Achei fantástico ele não recorrer ao indicador, uma vez que facilitava a coisa. Só depois reparei que o homem tinha uns dedos que pareciam troncos. Enfiar o indicador naquele “narizinho” era o mesmo que acasalar um São Bernardo com uma caniche.

Agora, uma revelação sobre a minha pessoa, e ainda dentro desta temática tão interessante. Sabem quando se vê que já adquiri alguma confiança com determinada pessoa? Quando tenho a lata para lhes dizer «tens um King Kong na narina esquerda/direita». Mas para lá chegar é preciso muito…

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Febra a brilhar!

Segundo o Diário Digital, investigadores de Taiwan «anunciaram hoje o nascimento de três porquinhos fluorescentes, que ficam verdes no escuro…».

A próxima moda, no característico mercado das “rulotes”, vão ser os pregões: «Olhá febra que brilha no escuro!» e “É pa comer às escuras».

Presumo que o próximo passo por parte destes tipos seja a criação de uma maçã com sabor a bacalhau à Zé do Pipo…

Notícia
aqui.

Cavaco & Eu

Descobri que tenho algo em comum com Cavaco Silva, o CANDIDATO a Presidente da República (reparam no ênfase do “candidato”?).

Em entrevista à revista Sábado, o dito senhor afirma «não gosto de me ver na televisão». Eu também não!

“Afalfá-las”

O título remete para um dos meus episódios favoritos do Gato Fedorento (o cego que nunca viu neve). No entanto, este post é também sobre um pensamento que há tempos me enviaram. E era ele:

«Quando a sorte te virar as costas, ao menos apalpa-lhe o rabiosque».

Isto reflecte muito a minha maneira de ser. Não é que ande por aí a apalpar quem quer que seja! A moral da história de tão nobre dito está no facto de nos passar a mensagem de tirarmos sempre algum proveito, algo de positivo, de todas as situações, sejam elas boas, assim-assim ou mesmo más. Tudo tem um lado positivo. Até as pilhas… (ok, piada sem graça).

Calhau na tola

Mais um daqueles “pensamentos” que me enviam por e-mail. O de hoje dizia:

«Quando lhe atirarem uma pedra, faça dela um degrau e suba... Só depois, quando tiver uma visão plena de toda a área, pegue outra pedra, mire bem, e acerte nos cornos do f.d.p. que lhe atirou a primeira».

Já aqui tenho um calhau da calçada pronto a disparar.

Queca matinal

Certas pessoas deviam dar uma queca matinal. Talvez assim aliviassem a tensão e não se mostrassem tão insuportáveis e desrespeitadoras dos outros.

Hoje de manhã, vi uma dondoca típica da Parede a levantar-se da sua mesa, com a meia-de-leite na mão, e dizer/berrar que «tinha pedido com mais café», que aquilo «é insuportável», que «a mensagem não passa do empregado para a copa», etc., etc. Ou seja, um chorrilho de disparates. Qual a solução? Uma queca matinal. De certo que, a dita dondoca, já não se importava com o raio da meia-de-leite.

Talvez num futuro distante se apercebam da importância de tal acto logo pela manhã. Talvez ainda escutemos, um dia, o seguinte diálogo entre empregados de café:

- Aquela mulher está demasiado nervosa. Pediu uma sandes sem miolo, com queijo e sem manteiga, acompanhada de um café curto, pingado e em chávena escaldada…
- Está mesmo em último grau! Sugiro, como complemento, uma queca nº27. Senão, ninguém a aguenta no emprego hoje.
- Tens toda a razão. Vou chamar o Alberto…

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Rave a Oeste do São Vicente

Quer parecer-me que alguém está fazer uma porra de uma rave a Oeste do Cabo de São Vicente. É que Portugal já tremeu por 3 vezes nos últimos dias. E é (quase) sempre de madrugada.

Assim, lanço-vos um repto: ou baixam o volume ou, em alternativa, aumentem-no até rebentar e coloquem um cd de Quim Barreiros. Ao menos vamos, pela desgraça adentro, dançando ao som do «ponho o carro, tiro o carro»…

Piada “despercebida”

Haverá pior coisa do que não perceberem as tuas piadas? Só encontro paralelo na dor provocada pelo “entalar” do pirilau na braguilha (neste último aspecto, sei do que falo. Dói. Muito. Mesmo.)

Hoje saí do comboio na Parede juntamente com um colega. Mais à frente sai um tipo de ar manhoso, acompanhado por um cão. Começa o gajo que vinha comigo:

- Olhó bicho. (Obviamente referindo-se ao animal)

Ao que respondo:

- E traz um cão.

Ele não percebeu, ou então não achou piada. Vocês também não? Olha outros…

O cagão

É engraçado fechar os olhos e escutar o que os outros falam no comboio da manhã. Hoje saltava ao ouvido a conversa de um tipo que, à falta de melhor classificação, era um verdadeiro cagão. Basicamente estes são aqueles que se julgam melhores que todos os outros, que fazem mais coisas que todos os outros, que são mais espertos, ganham mais, etc., etc. A diarreia verbal deste produziu pérolas como:

«Eu conheço o país todo pá. Já fui de carro à Régua, à Covilhã…». Ok, para ele Portugal é do Tejo para cima. Enfim, ele é que perde.

«Eu ganho 1500 a 2000 euros por mês pá. E o ano passado paguei mais de 200 contos de IRS. E já desconto todos os meses…». E ele disse isto sem o tipo com quem conversava lhe perguntar o que quer que fosse…

«Pois é, o Benfica quando jogou com o Manchexter…». Ele queria dizer Manchester, mas deve ser uma palavra demasiado complicada para um tipo que paga mais de 200 contos de IRS.

A que mais gostei foi desta: «Um gajo vai ao interior e vê aquilo tudo desertificado. Sabes o que é desertificado? É as aldeias sem gente». Isto tudo foi dito sem qualquer pausa, ou seja, sem o outro sequer lhe dizer que sim, que sabia o que “desertificado” queria dizer. O mais engraçado foi que ele perguntou aquilo como se tal palavra fosse bastante complicada. Como quem pergunta «sabes o que é um quacre?».


Já agora, quacre é um «membro de uma seita religiosa protestante da Inglaterra e dos Estados Unidos». Também tive que ir ver.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Faz-me espécie

Fazem-me espécie certas frases como o «faz-me espécie». Para quem não sabe, tal dito quer dizer que «faz confusão». Então o porquê da «faz-me espécie»? O que quer isto dizer? A mim soa muito a convite sexual. Estilo: «vem cá meu garanhão e faz-me uma espécie», como quem diz «faz-me um filho».

Confusão é também o que me proporciona a frase de despedida telefónica «obrigado minha senhora». Minha? Mas estamos a falar com a mãe ou algum familiar? Não, estamos a falar com um qualquer desconhecido. No entanto, já temos liberdade para pensarmos que detemos alguma posse sobre essa pessoa.

E o «até amanhã se Deus quiser»? Obviamente só pode ser utilizado por pessoas religiosas. Os ateus devem utilizar algo como «até amanhã se aquela entidade, cuja existência não reconheço, o quiser».

Dada a riqueza do vocabulário/vernáculo nacional, quer parecer-me que este estilo de post vai estar muito na moda por estas paragens…

Às compras

Este fim-de-semana resolvi refazer um pouco o guarda-roupa e fui às compras. Como era domingo de manhã, vesti uma roupa qualquer e, ainda com a barba de dois dias por fazer, “ala moço que se faz tarde”.

Investiguei uma ou outra loja, até que cheguei à “Puxa & Urso” (“Pull & Bear” para os mais distraídos). Depois de vestir uma camisola e verificar que não gostava muito dela, comecei a dobrá-la para a colocar no devido lugar. Nesse mesmo momento sou abordado por um tipo a perguntar-me, com uns ténis na mão, se existia em 41. Olhei para ele com ar de quem não era colaborador (como hoje se diz), ao que o homem respondeu: «como estava a dobrar…».

Duas perguntas:

  • Eu, com um mau aspecto tremendo, passo por empregado da Pull & Bear?
  • Será que sou o único que dobra a roupa depois de a experimentar? Ninguém o faz? Serei só eu a seguir a lógica de “destruí, reconstruí”? Parece que sim…

Lancheira à maneira

Hoje, quando subia as escadas rolantes para a estação da Póvoa, iam à minha frente dois tipos que, pela indumentária, deduzi trabalharem numa qualquer obra. No entanto, um deles tinha uma mala de um computador portátil. O outro um simples saco, de certeza com a sua “bucha”. Como estranharia que o gajo do portátil tivesse mesmo um computador, deduzo que ele levaria ali o seu sustento alimentar. Era uma lancheira à maneira, com estilo e adaptado às novas tecnologias.

E, de certo, a sandes de torresmos ia muito bem acondicionada, junto da mini e do pêro.

Pargo operado

Diz o Portugal Diário que «o Departamento de Oceanografia, da Universidade dos Açores, realizou com sucesso uma experiência inédita na Europa». Nada mais, nada menos que uma cirurgia subaquática a um peixe, mais concretamente a um pargo. Ao que parece «o peixe recuperou e foi colocado em cativeiro».

A notícia, ou melhor, o acontecimento que a notícia retrata é tão destrambelhado que merece um rol de diferentes comentários. Assim, pede-se aos queridos leitores que escolham aquele que acham mais adequado:

  • E agora, quem paga a operação. Será que o pargo tem a Segurança Social em dia? Tem seguro de saúde?
  • Na realidade os tipos queriam amanhar o peixe para o grelhar. Depois, chamaram a coisa de “operação”.
  • O próximo acontecimento estranho será a divulgação de uma lista de espera para operações subaquáticas. Já existem rumores de que uma pescada, ali para os lados das Canárias, se queixa muito de uma hérnia.

Notícia aqui.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Horóscopos

Li em dois jornais gratuitos o meu horóscopo para o ano de 2006. Num dizia que iria ter um ano de bosta. Noutro que era um ano maravilha. Em ficamos!? Acredito no bom ou no mau? Faço a média?

Já agora, como é que o dia e a hora em que nascemos pode influenciar a nossa vida? Ainda se fossemos o primeiro bebé do ano, lá merecíamos uma notícia no “Correio da Manhã”, porque de resto…

PS – Agora que partilhei este endereço com mais gente é que me faltou a inspiração. Aos visitantes recentes, as minhas desculpas e a promessa que não há nada como um fim-de-semana bem passado para recarregar baterias.

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Cães vadios!

Recebi um e-mail que dizia o seguinte:

«Que as pulgas de 100.000 cães vadios infestem o cu daqueles que te lixaram o ano todo, e que os seus braços encolham de forma a não poderem coçá-lo».

Pode-se desejar isto para aqueles que “apenas” te lixaram uma parte do ano? E para aqueles que nos continuam a lixar todos os dias, posso desejar o mesmo? Posso? Posso?

terça-feira, janeiro 03, 2006

Vê na Bíblia!

Hoje, quando regressava a casa, ouvi no comboio uma conversa, no mínimo, engraçada. Ao que parece, uma senhora estava, através do telemóvel, a dar (berrar) o seu endereço de casa para alguém lhe escrever. Como, obviamente, só consegui ouvir a mulher, seguem-se algumas pérolas deste monólogo com o télele:

«Lencastre! Rua do Lencastre. L-E-I… Lencastre».
«Rés-do-Chão! Rés-do-Chão. Pá, põe R barra C».
«Não te esqueças de colocar “Portugal” senão fica aí em Angola».

E a cereja no topo do bolo:

«Monte Abraão. Monte! M-O-N-T-E. Abraão. ABRAÃO. Como se fosse “abrir”… Pá, vai ver na Bíblia!».

Passagem de Ano

E foi assim…

Convém dizer, no entanto, que não era só eu e não foi só uma noite. Daí se explica a presença daquela garrafa de Super Bock Green.