sexta-feira, dezembro 29, 2006

Boas entradas

Este ano não vou entrar com o pé direito. Fartei-me. Resolvi que vou entrar “a-pés-juntos”.
Vamos ver no que dá…

CV

No sítio onde (ainda) trabalho sou o responsável pelo e-mail geral e reencaminho as mensagens para quem de direito. Hoje recebemos o currículo de uma moça cuja parte final dizia o seguinte:

OUTROS INTERESSES:
Membro do Rancho As Lavadeiras da Aldeia de Baixo. (ou algo do género)
Adoro música brasileira.
Tenho muito interesse e curiosidade pelo sobrenatural.
Adoro filmes de terror.


Ela não quer o emprego, pois não?

Mais vale tarde...

É frase batida, mas é verdade: a posição de guarda-redes é ingrata, e não se pode falhar muito. O tipo tem que ter reflexos rápidos. Analisar a situação e agir ali, logo, no momento. É por isso que Moretto, guarda-redes suplente do Benfica, não tem perfil para essa posição.

Só agora, depois de quase um ano, é que o gajo parece que ouviu a malta e diz que se quer ir embora. Compreensão lenta, não?

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Músicas

Não consigo passar sem música. Exemplo disso é o facto de ter tido uns 5 walkmans, ainda com a bela da cassete. O primeiro, oferecido aos 4 anos, foi um exemplo de longevidade. Com a chegada do cd tive dois discman, depois passei aos leitores de minidiscs, dos quais também tive dois. Agora estou nos leitores de mp3 (já vou no segundo). Olhando para o meu blog não parece, pois não?

A partir de hoje vou começar a partilhar alguns dos meus gostos, especialmente aqueles que me arrepiam quando os escuto. A estreia cabe a Manu Chao, tipo que já descobri tarde, mas que descobri. E isso é que interessa.


Bichinhos

Gambas ou camarão fazem o repasto de muitos pela altura do Ano Novo. Como que a tentar viver a ilusão que se comerem um prato mais fino, ou caro, o ano que aí vem será carregado de coisas boas. Mas isso pouco me importa. O que me irrita um pouco é a malta referir-se ao repasto como «comer uns bichinhos». Vai-se a finesse por água abaixo e, além do mais, parece que vão comer uns escaravelhos ou baratinhas com alho.

Constipation

A semana entre o Natal e o Ano Novo é, em termos laborais, como a prisão de ventre: não acontece nada.

"Constipation" é a palavra inglesa para "prisão de ventre". Nada de constipações anglófonas...

Espírito natalício

O Pai Natal é gordo porque comeu o espírito natalício.

terça-feira, dezembro 26, 2006

Levei um pontapé e gostei

Dia de Natal tive a minha grande prenda. A Carolina deu-me um pontapé. Ou melhor, coloquei a minha mão na barriga da mãe e senti um toque, mas para mim é o mesmo. Coisa mais boa, pá!

Para quando um dia leres isto: Carolina, nada de me começar a pontapear agora sem mais nem menos. Lá porque gostei quando eras pequena, não quer dizer que agora - que és mulher ou moça que navega na Net - adore ser pontapeado. Por isso, respeitinho que ainda sou teu pai!

Pronto, vá lá. Se for um pontapé pequenino, como quem faz uma festa, pode ser...

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Natal dos Hospitais

A programação televisiva por altura do Natal é como a caganeira: só dá merda.

Coração

Tenho a impressão que estes dias têm sido stressantes. Tenho a impressão que ando cansado, irritado e preocupado. Tenho uma vaga ideia que este final de ano me está a dar uma tareia que é obra. Mas tudo isto é uma ideia longínqua, uma coisa leve que para mim devia ser pesada.

É que no outro dia ouvi o coração da minha filha. Tudo o que de mau me acontece simplesmente se apagou. Puff! A Carolina é já a borracha para as minhas chatices.

Para os que ainda não experimentaram a paternidade/maternidade: não percebem, pois não? É só esperar que vos aconteça e isto fará sentido.

Para os que já experimentam a paternidade/maternidade: é tão bom, não é?

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Avestruz?

Já alguém provou um bife destes? Será bom?

Se a avestruz esconde a cabeça na areia, onde será que este animal enfia a sua? É melhor nem perguntar...

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Jingle Bells

Aposto que já estão todos fartos das músicas de Natal. Pois eu também. Ainda por cima elas parecem ser como a diarreia: aparecem quando menos se espera.

Hoje de manhã, na estação de Alcântara, o cego que normalmente toca no seu acordeão as chulas e outras modas lá da santa terrinha, “sanfonava” freneticamente o Jingle Bells. Nem aqui lhes escapo. “Raisparta” pá.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Sexo dos anjos

Uma colega disse-me, em jeito de agradecimento, que eu era um anjo. Fiquei ofendido pá! É que sempre ouvi dizer que os anjos não têm sexo, e a mim isso não me convinha nada...

Jantar de Natal

Na empresa onde ainda trabalho não temos regras rígidas no que diz respeito ao vestuário, pelo menos no dia-a-dia. Hoje, que é o jantar de Natal, o director financeiro lembrou-se de dizer que era porreiro ir smart casual.

Vim da mesma forma que nos outros dias. E também já lhe disse: realmente o casual ficou em casa, mas o smart, que sou eu, veio. Ele nem me respondeu.

Pirómano

A piada não é minha, mas bem que podia ser. É reproduzida com a autorização da autora. Obrigado tia da Carolina.

Sabem o que é que um pirómano mais deseja ouvir por estes dias? Feliz Natal e um fósforo Ano Novo.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Código da estrada

Ontem comecei o percurso que me vai permitir tirar a carta de mota, ou seja, fui assistir a uma das quatro aulas de código obrigatórias. Parece-me ser fácil. No entanto, estou bem tramado se depois no exame me perguntam o que significa este sinal.

Será “proibido cortar cabeças”?

Anti-pombos

Anda por aí um caçador que precisa de arranjar uns trocos para o tabaco. O que fazer? Arranjar um part-time! Ainda dizem que não há espírito de iniciativa.

Fora de brincadeiras: isto não se encaixa nos limites da legalidade, pois não?

terça-feira, dezembro 12, 2006

Larger than life

José Sócrates afirmou ontem que Mário Soares é «maior do que a vida». E, estupidamente, quis dizê-lo em inglês. Saiu-lhe algo como «lárgen déne laife».

Ok, o homem não é bom a línguas. Por outro lado, e traçando um comparativo no espectro socialista (bonita frase, não?), o Guterres falava um inglês porreiro. No entanto, nas matemáticas só sabia que 3x5=18. Resta saber se Sócrates sabe fazer contas…

sábado, dezembro 09, 2006

Dave Matthews Band

Daqui a pouco mais de 5 meses vamos ter "O" concerto. Para quem já os espera há anos isso não é nada. Já tinha perdido a esperança, até porque os tipos normalmente não saiem de casa. Agora vêm aqui, ao Pavilhão Atlântico, no dia 25 de Maio de 2007. Ainda estou parvo. Será que trazem o Robert Randolph com eles? Eu sei, era esperar muito...

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Vantagens de ser pai de uma menina

Finalmente vou poder dizer frases como «hoje passei a noite acordado por causa de duas gajas. Era uma de cada lado. Enquanto fazia festas a uma, dava uns beijinhos à outra».

Carolina

É esta a tua música. Tentei encontrar o som, acabei por dar de caras com o videoclip. Lá para final de Abril, quando estiveres cá fora, ouves melhor.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Arrastão

Afundou-se um arrastão à entrada da Doca dos Pescadores em Setúbal. Cá para mim não foi acidente. Depois da confusão que causou em Julho de 2005 na praia de Carcavelos, acho que o assassinaram. Mas isso sou eu que tenho a mania das conspirações...

terça-feira, dezembro 05, 2006

Tu precisas tanto de amor e de sossego

Eu preciso dum emprego.

Para bom entendedor, dois versos bastam. Para os mais curiosos, o resto da letra está aqui.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Há uma luz dentro de mim

6h20. O despertador toca ao som da rádio. É logo desligado, mas dá para perceber a letra. Parece ser Delfins, ou pelo menos pareceu-me ouvir a irritante voz do Miguel Ângelo. E ele canta contente: «há uma luz dentro de mim».

6h20 da manhã e eu já consigo ser má-língua. É que a primeira coisa que pensei quando ouvi isto foi: «uma luz dentro de ti? Deves ter é uma lanterna enfiada no cu». Quando quero consigo ser mesmo mau… e sabe mesmo bem!

quarta-feira, novembro 29, 2006

Eles vêm aí!

Notícia do Diário Digital afirma que foi descoberto um «feixe modulado de muito alta energia vindo do espaço, que varre a Terra com a regularidade de um farol».

Para os menos entendidos nesta linguagem técnica, aqui vai o que se quer dizer: os ET ligaram os faróis da nave e qualquer dia batem-nos à porta.

Notícia
aqui.

sexta-feira, novembro 24, 2006

A velha

A pessoa cuja imagem está mais em baixo é capaz de ser aquela a quem eu mais pragas roguei durante a minha vida. Não tenho nada contra a mulher e, no fundo, até nutro alguma simpatia, mas, mesmo assim, “o raça” da velha irrita-me que é uma coisa parva.

Para quem acorda às 6h20 da manhã, e demora 4 horas de transportes entre casa e o trabalho, o soninho ao fim do dia no comboio é essencial para repor as energias. Ora, para dormir tenho que estar confortável e aqui entra o tamanho das minhas pernas, que é grande. Assim, para estar sentado de forma relaxada, os meus joelhos estão a invadir o lugar da frente no comboio. Não tenho esse direito, e se alguém se quiser sentar “dou” o lugar, mas quando o comboio tem muitos outros lugares disponíveis...

Se eu me sentar todo direitinho não consigo dormir. Não vale a pena, já tentei. Não sei onde apoiar a cabeça, nem onde apoiar o braço… enfim, não dá. E não é que “o raça” da velha vem (quase) sempre sentar-se à minha frente?

Ela tem todo o direito de fazer isto. Não compreendo, até porque estão mais lugares disponíveis, mas ela tem todo o direito de o fazer. E a mim irrita-me, até porque perco uma boa meia hora de sono.

A ajudar a tudo isto, e como que a recordar-me o que perdi, “o raça” da velha passa o tempo a abrir a boca, como podem ver no gif em baixo. “Raisparta” a mulher pá!

Cá vai a dita senhora. Esperem um pouco e vêem-na de boca aberta. Parece que está a gritar, mas é assim que ela boceja.

sexta-feira, novembro 17, 2006

Santana vs. Cavaco

A entrevista, na RTP1, a Santana Lopes, ex-presidente da CM Figueira, CM Lisboa e ex-primeiro-ministro, obteve mais audiência que a entrevista na SIC, à mesma hora, a Cavaco Silva, Presidente da República.

A malta sempre gostou mais de uma boa comédia.

quinta-feira, novembro 16, 2006

Capuchinho

A empregada do café de que falava aqui voltou a dizer das suas. Hoje pediu ao seu colega de balcão um “capuchinho”. A bem da pessoa que ia beber o capuccino, espero que o dito não fosse vermelho…

terça-feira, novembro 14, 2006

Publicidade

Não costumo fazer destas coisas, mas há sempre uma primeira vez para tudo. Vou fazer publicidade a um blog. E porquê? Porque ali vendem-se coisas e porque a sua autora me pediu, ou melhor, sugeriu que eu o divulgasse. Na altura disse-lhe que blog de gaja é, normalmente, sobre uma de três temáticas: pseudo-poesias; bebés; ou bijutaria. A ela calhou-lhe este último.

E está tudo aqui:
http://todascores.blogspot.com.

Ide e comprai que o Natal está à porta. E se não for o Natal que está à porta, é a mulher que está à janela à espera de prendinha. E uma coisas destas, toda catita, cai sempre bem.

Agora para a autora: Cara Carlota, tendo em conta o número de visitas aqui desta coisa, não me parece que vás ter um grande aumento nas encomendas. Mas quem faz o que pode é como quem dá o que tem…

sexta-feira, novembro 10, 2006

Chinês em Lisboa

Ir ao restaurante chinês é sempre uma aventura, especialmente quando os empregados não percebem um corno daquilo que dizemos. E quando a ementa não ajuda…

Comibnados - ok, pode ter sido uma "dislexia do teclado".

Plato - se o empregado diz assim, porque não escrevê-lo?

Banquente - para que não restem dúvidas que a comida vem quente.

quinta-feira, novembro 09, 2006

Títulos mundiais

aqui tinha falado na mania que temos, enquanto povo, de querer ser os maiores em alguma coisa. Resolvi reclamar para mim dois títulos mundiais, e ai de quem mos tirar! Assim, eu:

Sou o gigante mais baixo do mundo.
E também…
Sou o anão mais alto do mundo.

Bem vistas as coisas, e fazendo uma média, posso dizer que sou o detentor de mais um título mundial: sou o mediano mais médio do mundo.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Língua no buraco

Uma colega de trabalho virou-se para mim e disse qualquer coisa que não percebi, seguido de «mas já consigo pôr a língua… no buraco»!

As mentes pecaminosas que se acalmem. Ela arrancou o dente do siso, ok?

Viaje de comboio

Na estação da CP na Parede está um daqueles painéis de leds encarnados onde passam mensagens informativas. Neste caso, repete vezes sem conta a frase «Estimados clientes, viaje de comboio. Obrigado».

Então eu estou na estação de comboio e aconselham-me a viajar no mesmo? O que é que pensam que estou aqui a fazer? À espera do Metro ou do helicóptero para casa?

terça-feira, novembro 07, 2006

Impressão de tia

Uma tiazorra típica dizia ao almoço para a amiga: «faz-me impressão estas pessoas que vão fazer voluntariado e depois são assassinadas».

O que lhe faz impressão? O assassínio ou o voluntariado? Vindo de quem veio, não faço a mínima ideia…

sexta-feira, outubro 27, 2006

Pau & 2 bicos

Está é um pouquito ordinária, mas não me importo:

Ela era tão estúpida que julgava que a expressão «pau de dois bicos» era uma promoção do bordel lá da terra.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Quentes e Boas!

Foram os vendedores de castanhas que roubaram o slogan às casas de strip, ou a coisa deu-se ao contrário?

segunda-feira, outubro 23, 2006

"Anarkia"

Querem ser anárquicos e tal, que está na moda e tal, que é fixe ser do contra… Depois, cagam na escola e dá nisto: não sabem escrever. É caso para dizer «contra tudo e contra todos, inclusive contra a Língua Portuguesa».



Para quem não consegue ler, este último diz «É isto a sociedade fáxista!»

A meia da raquete

Encontrei a prova de que o mau gosto é intemporal. Ainda há quem utilize a célebre meia da raquete. Vá lá, não é branca… (mas também, que é que nunca teve uma?)

Foto tirada no ginásio, assim a modos que à socapa.

sexta-feira, outubro 20, 2006

Electricidade

«Eh pá, a electricidade vai aumentar 16% pá! Vamos refilar. Toca a fazer manchetes no 24 Horas e abertura de jornal na TVI»… «Conseguimos pá. Afinal não vai aumentar 16%. Já só vai aumentar 8%. Conseguimos! Ganhámos!».

Só 8%!? Ganhámos? Mas então 8% não é muito? Não percebo nada disto…

quarta-feira, outubro 18, 2006

Io penso positivo perche' son vivo*

O Benfica jogou ontem para a Liga dos Campeões. Perdeu 3-0. Aliás, nesta fase da competição ainda não ganhou.

Estas coisas são como uma pilha: há sempre um lado positivo. Pelos vistos, a malta do
Diário Digital também pensa assim. O título de hoje acerca da desgraça dos “três secos” de ontem é o seguinte:

Benfica vê a Taça UEFA mais perto...

Se não der para um lado, dá para o outro. “Mai” nada!


* Jovanotti

Estrela

Mais uma:

Queria tanto ser uma estrela de Hollywood que, de cada vez que via um relâmpago, sorria e fazia pose.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Vesgos

Mais uma das minhas:

Não gostava que o olhassem de lado. Por isso é que espancava todos os vesgos que lhe apareciam à frente.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Vou ser pai

É verdade. Vou ser ser pai. Vou ter um filho, ou filha, que, a julgar pela ecografia, vai ser a preto-e-branco. No entanto, já me tranquilizaram e daqui a uns meses, quando sair para fora, ele/ela já vai ser a cores e com som. Aliás, ao que parece o som será bem alto. Cá estamos para apreciar os seus dotes vocais.

A data prevista para o parto é o 25 de Abril de 2007. Será que vem logo com cravo e de punho fechado a exigir liberdade para os oprimidos?

Não tinha pensado colocar qualquer ticker, mas gostei das mensagens que aparecem neste :)
pregnancy calendar

O americano & o tradutor

Ontem um tipo norte-americano, ou assim o identificou o statcounter, esteve neste blog durante três minutos. Para tentar perceber o que aqui viu, utilizou o tradutor do altavista (algo bastante fiável…) e deu-lhe a instrução de traduzir de espanhol para inglês, ou seja, se as conversões nesse tipo de programa já são más quando feitas correctamente, pior é quando confundem, por exemplo, português com espanhol. Mas, lá que tem piada, lá isso tem. Deixo aqui o post “Soltem as prisioneiras”, desta vez vitimado pela carnificina dos tradutores on-line:

Soltem ace prisioneiras
Ao to passar by lá inventei this bela piada that, mais uma time, só to mim deve to fazer to rir:

Ele was tão stupid that julgava that or Aqueduto it give Águas Livres was um (great) monument to favor gives libertação gives água engarrafada.

quinta-feira, outubro 12, 2006

É a crise

Estamos, enquanto país, a passar uma das piores fases da nossa história económica. A prova encontrei-a em Alcântara. Aqui está:
A partir do momento em que é preciso algo mais do que mulheres nuas para um homem ir a um clube de strip, é sinal de que algo está muito mal...

terça-feira, outubro 10, 2006

Soltem as prisioneiras

Ao passar por lá inventei esta bela piada que, mais uma vez, só a mim deve fazer rir:

Ele era tão estúpido que julgava que o Aqueduto das Águas Livres era um (grande) monumento a favor da libertação da água engarrafada.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Charros matinais

Ainda não eram 8 da manhã e já tinha visto dois tipos, em sítios diferentes, a fumar charros.

Em vez de «porque razão fumam eles tão cedo?», a pergunta que se coloca é: mas onde raio é que eu ando às 8 da manhã?

terça-feira, outubro 03, 2006

Gaveta cheia...

Há mais de um mês que não fumo. A minha gaveta no trabalho está assim: Werther's, Flocos de Neve, milho frito do Pingo Doce e gressinos.

Bonito...

sexta-feira, setembro 29, 2006

Maluca ou doente?

Hoje no comboio, duas pré-adolescentes conversavam:

- Eh pá, a Filipa é maluca.
- Não é nada! Ela é mas é doente da cabeça.

Ou seja: não é bosta, é merda.

quinta-feira, setembro 28, 2006

Anabela no arquivo

Uma colega tem estado a receber e-mails de um cliente que, ao parece, não eram para ela. Falando com o tal cliente ele diz «desculpe lá, foi engano. Tinha aqui outra Anabela no arquivo».

Será que ele deixa a tal Anabela sair de vez em quando para respirar um pouquinho de ar puro? Será que ela fica sempre no arquivo?

(Ninguém achou piada. Não têm o sentido de humor apurado como o meu, é o que é…)

Poeta popular

Tal como se intitulam de poetas populares aqueles velhotes que estão o dia todo sem fazer nenhum, a ver obras e a escreverem umas rimas, também eu reclamo o meu espaço nessa arte perdida do “poetapopularismo”. Em conversa no messenger com uma amiga, saiu-me a seguinte quadra carregada de bom gosto e significado:

Somos camionistas na auto-estrada do dia-a-dia
Fazemos pisca para mudar para a outra via
Mas sempre em frente a acelerar é a única maneira
Porque marcha-atrás é coisa amaricada e paneleira

quarta-feira, setembro 20, 2006

Bento

No outro dia a conversa girava à volta disto: «realmente, o Bento manda uns bitaites e começam logo as manifestações», «refilam por tudo», e «diz-se que Maomé tinha um mau penteado e queimam logo três bonecos e duas bandeiras» etc., etc.

E eu a pensar «mas o que é que o Manuel Bento, antigo guarda-redes do Glorioso, tem a ver com isto?».


Nem me lembrei do outro. Assim se vêem as minhas prioridades e interesses…

terça-feira, setembro 19, 2006

Música & Matemática

O psicólogo norte-americano Howard Gardner afirma que «cada indivíduo possui diversos tipos de inteligência», e que «a musicalidade, como um tipo de inteligência, pode ser usado como rota secundária ajudando no desenvolvimento de uma outra inteligência, como a matemática». Ou seja, ser músico ajuda a desenvolver as aptidões matemáticas…

Discordo, e as provas estão à vista.

O auto-intitulado “Quarteto José Cabeleira”, presente no programa da Fátima Lopes, na SIC, tem 7 elementos...

Como isto anda...

É tão comum a Elsa Raposo trocar de namorado como o dito “mundo islâmico” se insurgir em manifestações, queimando bonecos e bandeiras, devido às declarações de um gajo qualquer. Irra, que já não há pachorra (nem para uns, nem para a outra).

segunda-feira, setembro 18, 2006

Pipizinho

Ao almoço vi uma mulher a chamar um cão, por sinal uma besta arraçada de pitbull:

«Pipi! Oh Pipizinho...»

Fui-me embora antes que ela chamasse a cadela. Devia ser algo do género «Caralheta! Oh Caralhetazinha...».

Piadinha Parva

Bernardo e Constança são o típico casal de tios. Têm 5 filhos, mas não sabem bem como. Dizem que foi sorte. Os seus nomes: Pimponeta, as gémeas Pitá e Pitá, a Pituxa, e o benjamim, o Plim.

F...

São 9 da manhã. Tenho uma dor de cabeça desde que acordei. No comboio fui ao lado de um tipo que não parava de fazer barulho, batendo com as unhas no metal. A ajudar, a luz por cima de nós começou a piscar “armada” em luz de discoteca. Querem melhor forma de iniciar o trabalho depois de uma semana de férias? Querem? Querem? Foda-se…

quinta-feira, setembro 07, 2006

Terrorismo

O Zé Carlos gostava de ser tratado como “O Terrorista do Amor”. Tudo porque era frequentemente preso por atentado ao pudor.

terça-feira, setembro 05, 2006

O cheiro

Deixei de fumar, isso é sabido, e as coisas começam lentamente a mudar.

Ontem não consegui dormir no comboio, como normalmente faço. Tudo porque se sentou ao meu lado um velho que cheirava mal. Tresandava. Cheirava a tabaco.

quinta-feira, agosto 31, 2006

Uma semana

Durante esta semana:

  • Vontade que tive de fumar um cigarro só para passar o tempo = muitas;
  • Vontade de «se fumar só um também não faz mal» = muitas;
  • Vontade de «que se lixe esta merda, vou mas é fumar» = muitas;
  • Vezes que estranhei que ao sair de casa me faltava algo = muitas;
  • Vontade de "complementar" o café com um belo cigarrito = muitas;
  • Vezes em que pensei «se fosse só uma cigarrilha por dia, ao jantar, não fazia mal...» = muitas.
  • Cigarros que fumei = zero.

Custa muito mas, como sou cabeça dura e quebro antes de torcer, cá me vou aguentando. Ainda não noto grandes melhoras físicas. Na realidade, até andei um pouco mal, com dores no peito e a tensão um pouco alta. Nada de anormal, como me disse o médico. É só o corpo a livrar-se do vício.

Pontos positivos até agora: livrei-me do cheiro e do hálito a tabaco. Além disso, sinto-me bem por ter conseguido aguentar-me. Tenho orgulho em mim. Acho que o pior passou. A ver vamos.

sexta-feira, agosto 25, 2006

Larguei

Ontem, dia 24 de Agosto, pelas 13h15, fumei o meu último cigarro. Não fumo mais. Custa um pouco (muito!), mas vale a pena.

Agora estou como este senhor: do cigarro passei ao chupa. Haja vontade para aguentar o embate. Afinal, foram 14 anos de cigarro ao canto da boca...

quarta-feira, agosto 16, 2006

Amanhã não venho

Na empresa onde trabalho é normal enviar um e-mail a todos a avisar das nossas ausências ou férias. Normalmente a coisa escapa com um «Amanhã não venho. Estou contactável», ou algo do género.

Amanhã não trabalho, mas não me apeteceu escrever a cena do costume. Então, aparvalhei:

Caros.

O Lidl tem a partir de amanhã, dia 17/08, promoções espectaculares que incluem um Globo Escolar por 4,99€ e um Bloco de Notas Adesivas Néon por 1,49€.

Também a ajudar, o Jumbo de Alverca apresenta amanhã promoções tão fantásticas como:

  • 20% de desconto no Tomate Pelado Lata 800g. Cimarrom;
  • 20% de desconto Escalopes de Peru Panados Kilom;
  • 30% de desconto no Elvive Nutri Gloss 400 ml.

Por fim, o Continente apresenta a suprema promoção de, por apenas 19 €, adquirir uma linda Boneca Baby Lucia.

Não me resta outra alternativa que não seja não vir amanhã, quinta-feira, dia 17. São umas mini-mini-mini-férias, e a prova de que são mesmo mini é o facto de voltar na sexta-feira (de preferência com a febre consumista já um pouco mais baixa).

De qualquer forma, se for preciso algo estarei contactável (se não atender à primeira é porque estou ao soco com o restante pessoal que vai tirar o dia de amanhã para aproveitar as fantásticas promoções de que vos falei).

sexta-feira, agosto 11, 2006

Tiros no português

A Câmara Municipal de Lisboa vai denunciar o contrato que mantém com o Clube Português de Tiro a Chumbo. Isto, revela o Diário Digital, «com o objectivo de obrigar a associação a abandonar as suas instalações no Parque Florestal de Monsanto».

Ora, ontem tive a oportunidade de ouvir na TSF um dos responsáveis por tal associação. Julgo até que era o presidente. Serviu para descobrir que estes tipos são especialistas no tiro à língua portuguesa. Em menos de 2 minutos ouvi duas bojardas:

  • «A Cambra de Lisboa» (vá lá, não foi a “Cãibra de Lisboa”!);
  • «Se sairmos daqui será uma grande perca para o tiro em Portugal» (podia ser um grande pargo ou carapau para o tiro, mas afinal foi uma perca).
E está tudo dito!

quarta-feira, agosto 09, 2006

Preços baixos

A mania dos preços baixos chega a todo o lado. Ontem, Francis Obikwelu tornou-se campeão da Europa dos 100 m com 9,99 s. Próximo passo é o tipo fazer publicidade ao Feira Nova.



«Por 9,99 deram-me esta coisa.
No Feira Nova, por 9,99 compra umas bolachitas melhores».

sexta-feira, agosto 04, 2006

Viagra

Uma colega queixa-se, pelo menos duas vezes ao dia, que está sempre a receber e-mails onde lhe oferecem Viagra.

Já lhe disse que é por andar "murchita", mas ela não percebeu...

Tá-se?

Irrita-me a mania que a malta mais velha tem de tentar falar como os tipos novos. Tinha um vizinho, pai de um amigo meu, que utilizava a já típica expressão do «bué» atribuindo-lhe o significado de «bom». Ou seja, quando gostava de alguma coisa dizia «aquilo é bué». E nós à espera que ele desenvolvesse...

Isto vem a propósito de uns cartazes que vejo perto do trabalho. Têm grandes planos de actrizes e actores, e a frase «usar drogas já era». Depois, qual cereja no topo do bolo, tem um belo de um balão típico da BD com a palavra(?) «Tá-se»… Mas tá-se o quê? É uma afirmação existencial, estilo «aqui está-se»? O que é que significa? De certo, a ideia por detrás disto foi a de arranjar uma frase com que a malta jovem se identificasse. Mas resulta? Tá-se? Tá-se o quê porra!?


Sugestão: para a próxima coloquem um «foda-se», ou então, para não ferir susceptibilidades, um «ôda-se». Julgo que tinha mais lógica: «usar drogas já era, foda-se!».

quinta-feira, agosto 03, 2006

Porno (quase) à porta

Descobri que no caminho da estação de comboios para a minha casa, onde passo todos os dias de carro, existem os escritórios e, provavelmente, os estúdios de uma produtora de filmes pornográficos. Uma conversa no Messenger entre mim e a minha moça sobre este interessante assunto revelou algumas ideias, bem badalhocas, das duas partes:

minha moça diz:
a minha irmã nunca te falou de uma desconfiança sobre uma empresa ali na estrada chamada natural video?

RM diz:
não

RM diz:
deve ser filmes porno...

minha moça diz:
foi investigar e confirma-se : é porno à grande!

RM diz:
aquilo fica onde? ali ao pé daquele ginásio?

minha moça diz:
sim

minha moça diz:
deves recrutá-los de lá

RM diz:
deves!? eu!? o que é isso?

minha moça diz:
devem

minha moça diz:
enganei me

RM diz:
ufff

minha moça diz:
olha,ficavas a trabalhar bem pertinho, tu que és um sacrificado bem merecias

minha moça diz:
como PTO havias de andar sempre ocupado

minha moça diz:
é que neste caso PTO faz todo o sentido!!!

RM diz:
ouvi dizer que o seguro de saúde deles não é grande coisa... Como PTO era mau pá! Pau para Toda a Obra num cena de filmes porno era demasiado duvidoso...

minha moça diz:
e aqui tao perto tb era chato!

minha moça diz:
dares de cara com os colegas de trabalho no supermercado deve ser estranho

RM diz:
exacto. «olá colega, desculpa lá aquela enrrabadela» isto enquanto escolhia umas cenouras...

minha moça diz:
sim "não foi nada pessoal...é trabalho sabe!"

RM diz:
a pôr gasolina, de mangueira na mão, e encontrar uma colega? tb havia de ser bonito...

minha moça diz:
"vai mais uma mangueirada, colega?"

RM diz:
«quer que a ateste colega?»

minha moça diz:
posso encher-lhe o depósito?

minha moça diz:
huuuummm, q nojo

RM diz:
e falar dos problemas de trabalho quando se chega a casa? é melhor nem entrar por aí...

minha moça diz:
tem uma grande vantagem:

minha moça diz:
podes usar palavrões porque eles aplicam-se mesmo

minha moça diz:
"aquele car... do xico, hoje fo....me"

minha moça diz:
mas, nao perde pela demora, o cabr...., amnhã fo...lhe a mulher

minha moça diz:
que ordinarice

RM diz:
a mim me gusta

minha moça diz:
maroto!

segunda-feira, julho 31, 2006

Belogues

(Este é um post publicitário e virado para o meu umbigo. Não precisam de ler.)

Quando comecei com esta treta de escrever e partilhar, vulgo “belogar”, não pensei ficar tão vidrado nisto. Resultado de 4 horas diárias perdidas (ou ganhas, depende do ponto de vista) nos transportes públicos, o certo é que a vontade de “escrevinhar” umas coisas é cada vez maior. E as ideias vão surgindo.

Uma vez disseram-me que era sueco. Não pelo cabelo louro ou olho azul, que não tenho, mas pela rigidez em seguir a norma e evitar o desvio não regulamentado. O facto é que isso me impede de ter um blog tutti-fruti. O mais variado é este que aqui está, e que foi o início de tudo. Depois, foram surgindo outras formas de estimular e desafiar a criatividade que todos temos. Tive então algumas ideias que não cabiam aqui, tal a minha necessidade de ter tudo arrumado por prateleiras (algo que não se reflecte nas verdadeiras prateleiras lá de casa, mas isso é outra conversa…). Cheguei à conclusão que precisava de um blog para cada linha orientadora de escrita. E assim cheguei aos quatro (sem contar com este). Cá estão eles:

  • O Lado Puto – Primeiro projecto alternativo. Dá-me um gozo tremendo vestir este papel, até porque todos temos uma criança dentro de nós. Na essência sou eu com uns 5/6 anos que escrevo sobre aquilo que me rodeia. Tem muitas coisas minhas (das quais me lembro de quando era puto), e outras que não são nada a minha cara.

  • A Origem dos Provérbios – O segundo a surgir. Uma conversa no messenger deu-me esta ideia. Comecei a escrever o provérbio «em casa de ferreiro, espeto de pau» e conforme ia “teclando” lia «em casa do Ferreira espeto-te o pau». Aqui explica-se a origem de alguns dos nossos provérbios. Ainda são poucos e aceitam-se sugestões de provérbios a incluir.

  • Nós Por Cá Todos Bem – Terceiro na linha, surgido por altura dos Provérbios. Não é meu, é nosso, ou seja, escrito por mim e por um certo “gato escaldado”. Cada um assume o seu papel: ela é a prima que emigrou para a cidade, eu sou o primo que fiquei na aldeia. Escrevemos um ao outro quando nos apetece.

  • Piropos Fatelas – Quarto e último (por enquanto?). Uma colega minha, volta e meia, pede para lhe dizer um piropo. E eu descobri que também os conseguia inventar. Uns mais ordinários que outros, mas tudo da minha autoria.

Escrevo neles quando me apetece. Não tenho obrigações. Se não escrever num há mais de um mês, isso não significa que ele morreu. A inspiração é como a caganeira: quando menos se espera, ataca-nos com toda a força.

terça-feira, julho 25, 2006

A Secco

Deborah Secco é uma conhecida actriz brasileira. Ao que parece, para o seu próximo papel na novela “Pé na Jaca”, irá interpretar uma freira virgem e má. Para melhor encarnar na personagem, e experimentar o desconforto (digo eu) da castidade, o realizador Ricardo Waddington aconselhou-a a ficar 60 dias sem sexo.

Assim, nos próximos dois meses a senhora ficará conhecida como Deborah A Secco…

Arrasada!

Ontem, um homem a contar a outro o que aconteceu a um amigo comum: «eh pá, e depois o gajo tropeçou e caiu. Ficou com a perna toda arrasada».

Acho que ele queria dizer «arranhada»…

segunda-feira, julho 17, 2006

Morenas

As colegas de trabalho estão a chegar de férias. Vêm com a conversa de «estás tão branco!». Praia é difícil para mim.

Vingança: sair com a frase «e tu estás moreninha, com aquela cor estilo diarreia diluída». Ninguém gostou não sei porquê…

quinta-feira, julho 13, 2006

Sai um galã para a mesa do fundo

No café onde como o pequeno-almoço os empregados nunca são os mesmos de mês para mês. Agora, a servir às mesas, está uma moça que tem alguma falta de experiência e, por ser brasileira, desconhece algumas expressões do português de Portugal.

Hoje de manhã, a dita moça pediu ao colega «uma viana com queijo e um galã».

Como o George Clooney não estava disponível, o colega lá lhe tirou um galão e a coisa resolveu-se.

terça-feira, julho 11, 2006

Charrado

Segundo uma notícia do Portugal Diário, «os videojogos viciam como cannabis».

Pronto, sou um charrado! Vai uma passa de GTA ou uns bafos de NFSU?

Notícia
aqui.

segunda-feira, julho 10, 2006

Marrada = Prémio v2

Zidane abriu, à marrada, o caminho para Melhor Jogador do Mundial.

Marrada = Prémio

Cristiano Ronaldo “perdeu” o prémio de Melhor Jogar Jovem do Mundial de Futebol 2006 para Lukas Podolsky. Razão? Segundo a FIFA foi por mostrar alguma indisciplina e ter atitudes menos correctas dentro de campo, como as constantes simulações e a contestação das medidas tomadas pelo árbitro.

Zinedine Zidane, na final da competição, e qual touro enfurecido, deu uma valente marrada nesse gladiador que é o Materazzi. Como ouvi hoje de manhã: «se o Zidane tivesse cornos, furava-o». Além disso, ganhou também o prémio de Melhor Jogador do Mundial.

Moral da história: quem marra, ganha; quem lamenta, perde.

terça-feira, julho 04, 2006

Maxi trintão


Descobri que o Super Maxi tem a minha idade. Um gelado durar 30 anos é obra (se fosse sempre o mesmo, então era ainda mais fantástico). Lembro-me que há uns tempos atrás tentaram fazê-los de vários sabores. Não resultou. Isto só prova que as coisas simples são mais eficazes. O simples é feito para durar. O complexo perde-se pelo caminho.

domingo, julho 02, 2006

Hrvatska

Longo período de ausência das lides blogueiras. Razão? Fomos de férias para a Hrvatska, ou Croácia em português de Portugal. Se tiverem pachorra para saber o que vimos e nos aconteceu, leiam. Se não tiverem, não liguem ao extenso post. As fotografias é que não "posto", mas se as quiserem ver, é só pedir que eu mostro em mãos :)

4ª-feira * 21-06-2006

Chegámos ao aeroporto às 6h20 para o check-in. Tivemos logo a desagradável surpresa de que o voo estava atrasado 45 minutos. Toca então a tomar o pequeno-almoço no café do aeroporto (a gastar tantos € como os que gasto por vezes ao almoço). Fumados uns dois cigarros, e depois de comprado o jornal, fomos às 7h40 para a porta de embarque. Ao passar o detector de metais, ela ficou retida. Levava uma miniatura de canivete com 5 cm de comprimento e revistaram-lhe a bagagem de mão. Lá deixaram passar. Chegados ao controle de passaportes foi a minha vez de ficar retido. O tipo espreitou o BI e o cartão de embarque e saiu. Eu fiquei ali à espera… Passados uns cinco minutos, que ele deve ter passado na casa-de-banho, lá chegou e devolveu-me os documentos. Entrámos para o avião e, enquanto esperávamos para uma vaga na pista, tivemos que escutar “música” ambiente, como aquelas tretas das Pan Pipes e, surpresa, música instrumental dos Delfins (arrrgh!). Agora escrevo de Bolonha, onde o voo fez escala para sair malta. Quando saímos de Lisboa o avião estava cheio. Agora, somos apenas cerca de 20 pessoas com destino a Zagreb.

Continuação…

Agora estou sentado num restaurante em frente à catedral (Kaptol), aconselhado pelo guia comprado em Portugal. Devo provar um Pohani Sir, que é nada mais que queijo frito, panado, e que já tinha provado (e gostado) na República Checa.

Quando chegámos a Zagreb tivemos um choque. Um choque de temperatura. Está muito abafado e muito calor. O aeroporto de Zagreb é muito “rústico”, para não aplicar a palavra “decadente”. Apanhámos o autocarro e chegámos ao terminal em Zagreb. Depois de andarmos um bom bocado a carregar com as malas, chegámos à Pousada da Juventude. Rapariga da recepção foi simpática, o quarto é de meter medo. O poliban então, nem uma cortinazita tinha… Não aconselho. Depois de deixadas as coisas, fomos visitar o centro da cidade, que é perto.

Demos com uma rua muito agradável, com muitos cafés e esplanadas onde a malta está em amena cavaqueira. Fomos a uma padaria comprar algo para comer e sentámos a beber num café, vendo também a segunda parte do Portugal-México. Vamos ver como corre amanhã…

5ª-feira * 22-06-2006

Escrevo de Poreč. O jantar ontem em Zagreb correu bem e o Pohani Sir estava muito bom. À noite fomos ouvir um pouco de música. Como era véspera de feriado, a orquestra de Zagreb dava um concerto gratuito na praça. Já cansados, fomos deitar. De manhã acordámos, fizemos o check-out da Pousada, mas deixamos lá as nossas malas, numa sala própria («it’s your responsability», dizia o tipo da recepção com um ar meio intimidante). Demos uma pequena volta no centro, e fomos buscar as nossas malas. Toca de fazer o caminho de volta para o aeroporto. Como é feriado, o único sítio onde poderíamos ir buscar o carro que alugamos era no aeroporto. Lá chegámos e pegámos na viatura em direcção a Rijeka, com o intuito de virmos para Poreč.

A viagem correu bem, com uma paragem numa estação de serviço para comer, de forma a não perdermos a “embalagem”. Uma coisa boa: como isto fica relativamente perto de Itália (é já do outro lado do Adriático), é fácil encontrar o belo do café para beber a seguir à refeição. É só mandar vir um Kava Espresso. Ao passarmos ao lado de Rijeka, ficamos com uma impressão pavorosa da cidade, com prédios todos iguais, alguns com cerca de 30 andares. Chegados a Poreč, estacionamos o carro um pouco afastado do centro e fomos procurar onde dormir. Não está tanto calor, mas ainda assim é uma brasa. Ontem, por exemplo, estavam cerca de 38º em Zagreb. A cidade é mais do nosso género, com ruas típicas, muito comércio, e uma arquitectura que lembra Veneza. Nós até pensámos lá ir, mas a viagem de barco custa “só” cerca de 50 contos, ida e volta para duas pessoas. Fica para outra altura.

Arranjámos um quarto porreirito, tomámos banho e saímos. Acábamos a jantar em mais um restaurante aconselhado pelo guia comprado em Portugal (custou 20€, mas foi um bom investimento). Comemos pizza no Nono (bem boa) e bebemos umas cervejas (por acaso só bebi uma, mas era de 0,5l…). Depois, mais uma volta. Como a Croácia ía jogar com a Austrália para o Mundial, as ruas andavam bastante animadas. Só se via gente com a camisola da Selecção. Afinal, eles empataram 2-2 e foram afastados da fase seguinte, senão era festa a noite toda. Mais uma volta e sentámo-nos na praça central a ouvir um grupo a cantar à capella. De seguida, já cansámos, viemos para o quarto, de onde escrevo. Amanhã logo se vê…

6ª-feira * 23-06-2006

Acordei em Poreč cheio de picadas de melgas. Depois de arrumadas as tralhas, comprámos qualquer coisa para comer e beber num supermercado e tomámos o pequeno-almoço na praça. Pegámos no carro e fomos a caminho de Rovinij. Aí parámos e demos uma pequena volta. Muito bonita a parte velha. Comprámos algo para comer e fomos caminho de Pula, na tentativa de encontrar uma praia. Depois de pedidas as indicações lá encontrámos uma, só que era dentro de um parque de campismo. Mas era um parque como deve ser: ordenado, espaçoso e com piscina. Tomámos uma banhoca (eu só até ao joelho) e descansámos um pouco.

Próxima paragem: Pula. Uma desilusão. O anfiteatro romano é muito bonito, mas tudo o resto é muito industrial e citadino. Ainda procurámos onde ficar na noite, mas o interesse não era nenhum. Decidimos ver preços nuns hotéis mais à frente, com praias, mas eram um pouco proibitivos. Pensámos então em saltar uma etapa no nosso plano e ir logo para a ilha de Krk. Se era para pagar bem, que fosse num sítio onde pensávamos ser mais bonito. O caminho ainda era longo, mas fizemo-nos à estrada.

Fomos pela costa que também é muito bonita, mas demorámos uma eternidade a lá chegar, porque só apanhámos roullotes à nossa frente, indo muito devagar e sem hipótese de ultrapassar. Lá tivemos que passar novamente por Rijeka, mas desta vez pelo centro e não ao largo. Confirmámos o que tínhamos percebido: velha, decadente e feia. Comemos aí qualquer coisa numa pizaria (uma fatia de pizza para cada um. Eram gigantes…). Metemo-nos ao caminho e chegámos a cidade de Krk, na ilha de Krk… Está a revelar-se uma bela surpresa. Conseguimos arranjar hotel (aconselhado pelo guia), na Marina e com vista para o límpido Adriático. Devemos ficar aqui umas duas noites para descansar e aproveitar um pouco de praia. Depois de deixarmos as coisas no hotel, demos uma volta e bebemos um copo. Estamos tão cansados da viagem que voltámos ao hotel, de onde escrevo, e vamos dormir. Amanhã logo se vê…

Sábado * 24-06-2006

O dia de hoje serviu para descansar. Continuamos em Krk. Resolvemos ficar no mesmo hotel durante mais uma noite. Um pouco mais caro, mas merecemos algumas mordomias. De manhã acordámos tarde e depois do pequeno-almoço fomos para a praia, ou melhor, para a beira-mar, uma vez que não existe por aqui a areia característica das nossas praias. Depois almoçámos e… sesta. Uma vez que ficámos por aqui mais tempo resolvemos aproveitar o hotel para descansar um pouco, que é algo que não tivemos nem devemos ter nos próximos dias. À tarde, mais praia, com banho em 3 sítios diferentes. Depois banhito no hotel, saída para jantar (pizza, que é o mais barato, mas também muito boa), e compra de algumas lembranças. Agora voltámos ao hotel. Devemos ir dormir. Amanhã logo se vê…

Domingo * 25-06-2006

Escrevo já no dia 26 porque ontem quando me preparava para começar a escrever, as luzes começaram a atrair melgas. Na manhã continuámos em Krk. Ainda fomos à praia de manhã, depois fizemos o check-out do hotel e partimos com o intuito de chegar a Zadar. Fizemos a estrada junto à costa, cheia de curvas e contra-curvas, tendo abismos ali já ao lado. A paisagem é uma mistura de calhaus e árvores. Ao largo vêem-se sempre ilhas, que por sua vez aparentam ser bastante áridas.

Parámos em Senj para almoçar. De seguida, mais estrada. Foi o pior pedaço, porque estava em obras. Durante 31 Kms foi um martírio. Finalmente chegados à auto-estrada, foi um instante até Zadar. Depois de alguma confusão em ir de carro para o centro, lá conseguimos parar e partimos à procura do Posto de Turismo para encontrarmos sítio onde ficar. Como era domingo, e não nos lembrámos, estava fechado. Além do mais, não vimos indicações de sítios onde ficar no centro. A solução foi ir para fora procurar um quarto. Arranjámos um sítio com uns velhotes que só arranhavam alemão e italiano. Lá arranhámos italiano e conseguimos o quarto. De seguida, depois do banho, pegámos no carro para ir para o centro tirar fotos enquanto havia luz. De seguida, fomos fazer tempo até dar o jogo de Portugal - Holanda.

Sentámo-nos na esplanada com a televisão mesmo à nossa frente. Ela foi a única a gritar golo de Portugal. Eu limitei-me a levantar os braços. Por aqui sofremos muito. Como terá sido em Portugal? Ao assistir ao jogo dissemos asneiras em alto e bom som. Afinal, ninguém nos percebia. Finda a partida, voltámos ao quarto e, apesar das melgas, conseguimos dormir.

2ª-feira * 26-06-2006

Acordámos, tomámos banho e vestimo-nos para ir para a praia (que não tem areia, mas muito cascalho). Ao pagarmos o quarto, os velhotes perguntam-nos se vimos o jogo de Portugal (ele já sabia que éramos portugueses). Eles tinham torcido por nós, contra a agressividade dos holandeses. Ainda deu para perceber que a senhora ficou toda triste com a porrada que deram logo de início ao Cristiano. Despedimo-nos e agora estamos na praia a decidir o que fazer e para onde ir. É que segundo o nosso plano, nem deveríamos estar por aqui, mas como somos “papa-quilómetros”, viemos bem mais para baixo. A distância para Zagreb aumenta e a partida é já na 4ª.

Resolvemos depois seguir ainda mais para sul, rumo a Šibenik. Ao chegarmos verificámos que está um calor tremendo: 36º C. Não admira que não nos apeteça andar a percorrer as ruas. Parámos o carro, fomos almoçar e ao Posto de Turismo para arranjar lugar para dormir. Ficámos num quarto no meio do que parecia ser um bairro clandestino, com um aspecto nada aconselhável. No entanto, tinha uma óptima vista. O carro deixámos num parque que custa 10 kuna por dia, em vez das tradicionais 5 kuna por hora (cada euro dá por volta de 7 kunas).

Descansámos um pouco e por volta das 17 h fomos para Vodice fazer um pouco de praia, uma vez que só a essa hora o sol era suportável. Depois, seguimos para a marina da vila onde jantámos (ela comeu tubarão!?) e comprámos lembranças. A vida nocturna é bastante agradável. De seguida, pegámos no carro e voltámos a Šibenik (cerca de 11 km). Estacionado o carro no belo do parque baratucho, iniciámos o caminho (a subir) para o quarto. Ruas escuras, esconsas e com um aspecto nada aconselhável. Onde nos fomos meter! Mas chegámos. Agora dormir. Amanhã logo se vê…

3ª-feira * 27-06-2006

De manhã acordámos já com muito calor. Depois do pequeno-almoço (bolos e sumo comprados ontem), seguimos para o carro e partimos em direcção ao Parque Nacional de Krka. Chegados lá tínhamos 3 hipóteses: esperar pelas 16h para fazer um tour de barco durante 2 horas; esperar pelas 12h para fazer um tour de 4 horas; ou iniciar um passeio a pé que duraria cerca de 1 hora. Optámos por esta última, porque além de ser mais barato (não se paga), não perdíamos tempo à espera. O parque é muito giro. No percurso andamos por alguns passadiços de madeira por cima do rio e pequenos afluentes. Só se vêem peixes e libélulas azuis. Vêem-se também algumas pequenas quedas de água, bem como uma maior onde as pessoas podem tomar banho. Com o calor que estava, bem me arrependi de não ter vestido o fato-de-banho. Depois de visto, fomos apanhar a camioneta para voltar à entrada do parque. É que o parque fica bem lá em baixo, enquanto que a entrada é bem lá em cima.

Almoçámos no café à entrada e fizemo-nos à auto-estrada em direcção a Zagreb. Resolvemos que não voltaríamos à capital, e então decidimos ir para uma localidade próxima: Samobor. Mais de 300 kms depois, chegámos. Isto é bem simpático. No centro, esplanadas e um pequeno rio. A mulher do Posto de Turismo deu-nos a indicação de um hotel. Fomos ver e o preço é bastante mais barato do que hotéis semelhantes que vimos pela costa. Além disso, tem um parque para deixarmos o carro, o que nos deixa bastante mais descansados. Depois de refrescarmos com um banho, fomos beber uma cerveja. Jantámos de seguida uma óptima comida. O chato eram os tipos que estavam por trás de nós a beber vinho. É que davam peidos a torto e a direito...

De seguida, bebi um capuccino na esplanada e fomos para o quarto. Escrevo daí enquanto ela vê as fotos que tirámos. Daqui a pouco vamos dormir. Amanhã temos que estar, o mais tardar, às 12h no aeroporto para entregar o carro. Como estamos a pouco mais de 20 km, não devemos demorar. Logo vemos como corre…

Ps – Quando chegámos ao hotel, reparei que atrás da recepção estava um calhau enorme, assente numa base, onde se via a palavra “Portugal” e mais umas coisas escritas. Estilo um prémio. Perguntei ao homem o que era. O hotel disponibilizou (ou alugou, não percebi bem), uma camioneta a um grupo de folclore da Croácia para eles irem actuar a Portugal. Uma noite, já no nosso país, assaltaram-lhes a camioneta e roubaram-lhes uma data de coisas. Método de assalto? Atirar um calhau para partir o vidro. E é esse calhau que ali estava a servir de recordação. Confesso que ficámos um pouco envergonhados com a situação.

4ª-feira * 28-06-2006

Dia da partida. Não há muito a dizer. Acordámos cedo, tomámos o pequeno-almoço e descansámos um pouco (ainda faltava até partirmos). Fizemos check-out e arrumámos a mala do carro, por onde estava espalhada a roupa. Metemo-nos ao caminho e tivemos algumas dificuldades em encontrar a direcção para o aeroporto. Parámos numa bomba e pedimos indicações. O tipo lá explicou num inglês macarrónico, mas deu para perceber. À minha frente para pagar estava um velho croata com uma fita ao pescoço, onde tinha as chaves. A fita dizia Portugal. A pátria persegue-nos. Lembro-me de em Krk ver um tipo croata com uma t-shirt de Portugal vestida, e de ver t-shirts daquelas à venda em Vodice.

Chegámos ao aeroporto, entregámos o carro e gastámos as últimas kuna. Comprei uma Newsweek. Em baixo, no expositor, estava a caderneta deles dos cromos do Mundial. Tinha as caricaturas de 4 jogadores na capa: um croata qualquer; o Kahn; o Ronaldinho; e o nosso Figo. Eu não digo que Portugal nos persegue? Fizemos o check-in e estamos à espera para embarcar. Ainda passamos por Bolonha, mas o destino final é Lisboa. A casa espera-nos. Mais de 1200 km a conduzir. Vimos muita coisa. Valeu bem a pena. Foi bom. Foi muito bom.

segunda-feira, junho 19, 2006

Cachecolito

Não tenho um cachecol de Portugal. Tenho um do Benfica, oferecido pelo meu pai, outro da Sagres que diz «Força Selecção 2004», e por sinal também oferecido pelo meu pai. Mas de Portugal, nicles. Um destes dias o Diário de Notícias anunciava que na sua edição de domingo iria oferecer um cachecol. Parecia que essa minha lacuna de bom português iria ser colmatada e, finalmente, iria apoiar a Selecção Nacional trajado a rigor.

Chega o dia da oferta e lá vou eu comprar o jornal, como aliás faço todos os dias. Quando a mulher me deu o “cachecol” nem refilei, tal era o meu estado de aparvalhamento. O dito “cachecol” tem umas medidas nada generosas: cerca de 4 dedos de altura e uns 3 palmos de comprimento. É tão pequeno que encaixa melhor na categoria de lenços de bolso que na dos cachecóis. Além do mais, tem escrito a bela da frase «Alandra, este vinho sabe a Portugal». Não sei se o pior é o “cachecol” ou a frase. Nem para crianças de 3 anos serve. Ainda experimentei atá-lo à cabeça, mas nem para isso dá (sou um pouco cabeçudo). Além do mais, pareço o Rambo da Buraca.

Concluindo: continuo a comprar o jornal, mas isso já o fazia todos os dias. Agora, em relação ao vinho é coisa que nunca hei-de provar. Na volta, para encaixarem na ideia que transmite o «este vinho sabe a Portugal», ainda me sai vinho a martelo. Obrigadinho, mas passo. E, já agora, apoio Portugal com a célebre bandeira dos fogareiros. Mas isso será um outro post…

segunda-feira, junho 05, 2006

Somos os maiores!

Com estas histórias da "Maior Bandeira do Mundo", da "Maior Camisola da Selecção", da "Maior Bicicleta do Mundo", do "Maior Isto" ou "Maior Aquilo" que pululam por todo o Portugal, cheguei a uma conclusão:

Com esta obsessão de sermos os maiores, revelamos o quão pequenos somos.

quinta-feira, junho 01, 2006

Insuflar

Uma colega saiu-se com a frase: «nós não insuflamos os preços». Ela queria dizer «nós não inflacionamos os preços», mas saiu-lhe o insuflar. E saiu-lhe com convicção, ou seja, ela não se enganou.

É um perigo usar mal determinadas palavras. Aposto que essa minha colega dirá coisas como «quando morrer quero ser cromada», «a humidade faz a força» e «o povo é quem mais ordenha».

sábado, maio 27, 2006

Místico

Vi na televisão. Uma jornalista entrevistava um tipo que, desde as 7 da manhã, esperava para entrar no Rock in Rio - Lisboa. Tudo para estar lá à frente a assistir ao concerto de Guns N' Roses. Ela, a jornalista, pergunta algo do género «porquê estar aqui desde tão cedo para ver um concerto que deve começar lá para a meia-noite?». Ele respondeu:

Eh pá, é um "místico" de sentimentos...

Aposto que ele de manhã vai ao café e pede uma sandes "mística".

quinta-feira, maio 25, 2006

Boa pessoa?

Conversa de duas mulheres no comboio:

- O meu irmão é muito calmo. Faz tudo o que lhe mandam.
- É boa pessoa – responde a outra.

Ser boa pessoa é fazer tudo o que nos mandam? Pensei que isso era ser um “banana”…

quinta-feira, maio 18, 2006

O Código e o Papa

Enviaram-me isto por e-mail. Soltei umas boas gargalhadas.

The man on the left (wearing a fabulous vintage chiffon-lined Dior gold lamé gown over a silk Vera Wang empire waist tulle cocktail dress, accessorized with a 3-foot beaded peaked House of Whoville hat, and the ruby slippers Judy Garland wore in the Wizard of Oz) is worried that “The Da Vinci Code” might make the Roman Catholic Church look foolish.

A casa-de-banho é lá fora!

Li isto no Super Elite. Uma modelo russa, de seu nome Tatyana Simanava, estava a fazer uma sessão fotográfica dentro de um autocarro em movimento, até que lhe surgiu a vontade de ir à casa-de-banho. Quando se dirigiu ao local no autocarro onde se iria “aliviar”, deparou-se com duas portas: uma para a rua, outra para a “casinha”.

(Agora a minha parte favorita da notícia, que transcrevo na totalidade)

«A modelo ficou confusa, enganou-se na porta, saiu para a rua e sofreu uma queda com o autocarro a andar a mais de 65 Km/h». Resultado? partiu um braço, deslocou um ombro e sofreu várias escoriações no rosto e na cabeça.

De certeza que ela estava mesmo à “arrasquinha”. Só assim se explica que tenha aberto a porta e lançado sem ver que, afinal, a sanita não estava já ali. Segue-se uma foto da senhora.


Aposto que não estranharam o facto dela ser loira...

Notícia aqui.

quinta-feira, maio 11, 2006

Já só faltam 70

A partir de hoje, já só me faltam 70 para chegar aos 100.

segunda-feira, maio 08, 2006

Pinturas…

«Australiano pinta retratos com o pénis», noticia o Portugal Diário.

Isto dá um novo significado à expressão «pintar a manta»…

Notícia
aqui.

quarta-feira, maio 03, 2006

Maria era um ET

Numa notícia do Portugal Diário, Santiago Camacho, escritor espanhol, afirma que a Virgem Maria que “apareceu” aos três pastorinhos era, na realidade, um extraterrestre. Não acredito.

Alguém vê neste “tipo” a mãe de Jesus? Não me parece.

Nota: só para que se saiba, não acredito em aparições, principalmente as de carácter religioso. Notícia
aqui.

quinta-feira, abril 27, 2006

De onde vem o que comemos?

Frangos com nitrofuranos, aves com gripe, porcos com peste, vacas loucas. Todos preocupados com a qualidade dos alimentos que nos chegam ao prato. Acho que nos devíamos antes preocupar com os nomes das empresas da área. Com denominações como estas, como é que se espera que o que vendam seja de qualidade?

  • Adrego Avestruzes
  • Alvesmar
  • Aviário Neupergama
  • Barrosa Pescados
  • Beiragel
  • Bísaro
  • Campicarn
  • Carnes Possidónio
  • Especial Frutas
  • Frescal
  • Galinhas de Alverca
  • Gelpinhos
  • Gelquim
  • Grupo Sotótó
  • Kit Frio
  • Lacti-Pedros
  • Oliviçosa
  • Olivoeiras
  • Primacarnes
  • Quim dos Porcos
  • QuimCarnes
  • Robi e Filhos
  • Salsilactea
  • Tó Carnes

quinta-feira, abril 20, 2006

Vai um gelado?

Imaginem um dia de Verão. Calor insuportável. O ar é mais seco que um bacalhau da Noruega. A praia está cheia e já há quem estenda a toalha no mar. O suor percorre o peito, colando a t-shirt ao corpo. A cabeça parece que rebenta. A água fresca que se bebe já não mata a sede. É preciso algo mais. É preciso… um gelado de sardinha de assada!

Não é brincadeira.
É verdade.

quarta-feira, abril 12, 2006

Sou um garanhão!

Pelo menos, a julgar pelos assuntos de dois e-mails que recebi hoje:

  • Hey baby, how are you?
  • Me esqueceu fácil. Ainda te amo. Um beijo!!!

sexta-feira, abril 07, 2006

Cabeçalho

Eu e minha moça ouvimos uma frase às 6h50 da manhã. Uma mulher referia-se a alguém que sendo tão alto:

«…bateu com o cabeçalho no tecto».

quinta-feira, abril 06, 2006

Mudar de comboio só para homens

Hoje no comboio, ao chegar a Algés, ouve-se a voz típica a anunciar a próxima estação. Escuta-se também a seguinte frase:

«Deverão mudar de comboio os senhores passageiros com destino entre as estações de Algés e Paço de Arcos».

E as mulheres? As senhoras fazem como? Se dissessem só para «os passageiros» mudarem, ainda vá, mas não. Tiveram que especificar «os senhores passageiros». Conclusão: segundo a CP, mulher não muda.

Diz que…

Ouvi uma mulher no outro dia que começava duas em cada três frases com um «diz que…».

Resolvi fazer o mesmo. Experimentem. Parecemos o verdadeiro portuga.

Por falar em portuga, li ontem uma crónica do Pedro Rolo Duarte em que advogava o uso intensivo de um provérbio chinês no nosso dia-a-dia, para ver se nos livrávamos do “queixosismo” típico deste nosso Portugal:

«Se tem remédio, porque nos queixamos? Se não tem, porque nos queixamos?».

Mai nada!

Conversa de me&$@

Um homem e uma mulher falavam no comboio. Têm uma verdadeira conversa de me&$@. Algumas pérolas:

  • Em algumas casas não se puxa o autoclismo quando se “faz” urina. E já se sabe as doenças que se pegam com a urina.
  • Ele fazia as necessidades no bidé e deixava lá.
  • Ele limpava o rabo onde nós limpávamos as mãos. E dizia «uma toalha é uma toalha». E nós «a das mãos não é a do rabo!».
  • Já viu? Uma pessoa com estudos, com formação…
  • A luz apagou-se e ele ia aflito… olhe, fez lá no canto.
  • Na mesa onde come, se passarmos com as mãos, ficamos com “postas”.

terça-feira, abril 04, 2006

Jóia de pessoa

Notícia do Portugal Diário “diz” que «uma empresa norte-americana arranjou uma alternativa para o eterno descanso. Em vez de enterrar os mortos, ou simplesmente manda-los cremar (…) a LifeGem transforma as cinzas dos defuntos em diamantes».

Assim, não é de estranhar que, no futuro, uma qualquer viúva diga: «o meu Adérito era uma jóia de homem… e continua a ser». Ou então: «nunca sabia do meu marido, mas desde que o transformei em anel está sempre aqui à mão».

Notícia aqui.

segunda-feira, abril 03, 2006

"Emílios"

Tenho uma pila pequena. A minha energia sexual está adormecida. Tenho mau hálito. Não durmo durante a noite. Precisava mesmo de um toldo. Tenho que ir andar na Serra. Preciso de uma tipa que me adore. Estranho? Nem por isso. É que devo ter todas estas coisas sem sequer saber, pelo menos a julgar pelos e-mails que recebo diariamente.

Vejam alguns dos assuntos (ou subject, se preferirem o inglês) de algumas mensagens que recebi hoje:

  • Wow check out this huge enlargement patch sale!
  • Desperte já a sua energia sexual
  • acabe-com mau-halito agora-AYBKFQ
  • TRATAMENTO DE INSóNIAS
  • Toldos e Tendas
  • Trecking na Serra de Gredos
  • Make her worship you!

E isto é uma pequena amostra.

O par Partimpim

Hoje de manhã, no comboio, um tipo ouvia música nos seus fones com o volume no máximo. Tanto assim era, que todos os passageiros ao seu redor percebiam o que ele estava a ouvir. Quando chegou a uma música da Adriana Partimpim, a mulher que estava ao seu lado começou a murmurar e, depois, a cantar baixinho («…sou eu, assim sem você…»).

Não fosse o “ouvinte” ser um adolescente e a “murmurante” uma mulher perto dos 40, diria que temos casal. E na volta, a idade não importa quando se gosta da mesma música. Sempre teriam mais em comum do que muitos casais.

sexta-feira, março 31, 2006

Sala de espera

As salas de espera são um verdadeiro fenómeno e dariam uma óptima base para qualquer estudo. Durante estes dias, aproveitei para ir ao médico. Passei 3 horas em espera, o que deu bastante tempo para observar os outros. Na minha sala de espera estava uma mãe com os seus dois filhos: o miúdo (o doente) com cerca de 11 anos; e a miúda, com uns 7. Não sei se era da doença, mas o raça do puto respondia às brincadeiras da irmã de uma forma um pouco bruta. Frases que ele "atirou":

  • Parto-te a boca toda.
  • Vê lá se não queres que te estale o pescoço.
  • Dou-te um soco e salta-te a massa de um dente.
  • Ainda não eras nascida. Ainda estavas na pila do pai.
Acho que ele anda a ver muita TVI...

Ausência

E então? Afinal, não venho aqui há algum tempo porquê? É uma doença das boas: preguicite aguda com laivos de férias crónicas. Mas para a semana começa o trabalho e, quer parecer-me, visitas mais regulares cá ao sítio. Inté.

quarta-feira, março 22, 2006

Vão para o car@!$#

Notícia do Portugal Diário: “Homem corta e atira órgão sexual contra polícia”.

Isto é que é, literalmente, mandar a polícia para o car@!$# !

Notícia
aqui.

terça-feira, março 21, 2006

Ena Pá!

Ando a (re)escutar Ena Pá 2000, grupo que me acompanhou em muitas, diria até demasiadas, alturas da minha adolescência. “Saltam” aos ouvidos frases como:

  • Que belo dia para andar / no Rossio de cu para o ar
  • Cara de chop-soy / Se quiseres comer / Anda ouvir o Toy / No meu Lambe Rover
  • Tenho os tomates feitos em madeira / Das bolas de matrecos que gamei na feira
  • Sabemos que a canção é pirosa meu amor / Tu também não és nenhuma rosa meu amor
  • No lençol estão dois percevejos / Enquanto nós damos uns beijos
  • Quero ter um iate em Marbella / E não bater bem da telha
  • Quando fores velha vais aspirar escritórios / Com uma bata ou então limpar mictórios

Pura poesia.

segunda-feira, março 20, 2006

Eu beijei mais

Uma notícia do Portugal Diário revela que um “malaio bateu o record de beijos a cobras venenosas”, beijando uma serpente 51 vezes em 3 minutos.

E eu? Ao longo da minha vida já beijei cabras, vacas, baleias e cobras, todas elas de duas “patas”. Onde está a minha notícia?

Notícia aqui.

quarta-feira, março 15, 2006

Siempre!

No meu trabalho sento-me de costas para uns armários. Lá está esta caixa. E não, não tem Viagra lá dentro...


Dia de cão

Hoje foi um destes dias. Mas nem assim paro com as piadas fantásticas que mais ninguém acha graça.

O Zé Carlos tinha sempre uns dias de cão. Ele trabalhava num canil.

sexta-feira, março 10, 2006

“Fundamentais”

Uma notícia do Portugal Diário, com o sugestivo título de «Medicamentos só para alguns», revela que «há cem mil portugueses considerados “fundamentais” para receber anti-virais em caso de pandemia da gripe das aves».

Isto poderia despoletar em mim comentários do género «uns são filhos, outros enteados?», «somos todos iguais, mas uns mais iguais que outros», «a família dos fundamentais também vai ser vacinada, de certo», «para que é que pago os meus impostos?», «somos portugueses de segunda», «quantos corruptos vão ser vacinados?», «podemos morrer todos, mas estes tipos vão perpetuar o nome de Portugal… infelizmente».

No entanto, só faço um comentário: Deus queira que lhes dê uma caganeira a todos. Só isto.

Notícia
aqui.