De manhã, na estação da Póvoa, as pessoas amontoam-se nos locais onde, julgam, irá calhar a porta quando chegar o comboio. É ver a malta toda a competir para conseguir entrar primeiro (o que significa, muitas vezes, sentar ou não sentar).
Como chego um pouco mais cedo, consigo apreciar um grupo que vai no comboio antes do meu. São umas 7 ou 8 mulheres e um homem. Este tem todo o ar de sultão das Arábias, soltando as suas piadas que fazem sucesso no mulherio. Isto mesmo quando ele não tem graça, o que acontece na maior parte das vezes.
Quando chega o comboio, o homem, com os seus 55 anos, está de olho na velocidade e cadência de travagem do dito. Se ele verifica que aquilo já é speed a mais e a porta vai ficar longe do local onde está, grita um bem audível “é aqui!” – tal como se estivesse no meio do campo a gritar para o raio das ovelhas.
Não sei como é que ele faz isto, mas a porra do comboio pára quase sempre no sítio que ele quer…
quinta-feira, fevereiro 23, 2006
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