sexta-feira, novembro 24, 2006

A velha

A pessoa cuja imagem está mais em baixo é capaz de ser aquela a quem eu mais pragas roguei durante a minha vida. Não tenho nada contra a mulher e, no fundo, até nutro alguma simpatia, mas, mesmo assim, “o raça” da velha irrita-me que é uma coisa parva.

Para quem acorda às 6h20 da manhã, e demora 4 horas de transportes entre casa e o trabalho, o soninho ao fim do dia no comboio é essencial para repor as energias. Ora, para dormir tenho que estar confortável e aqui entra o tamanho das minhas pernas, que é grande. Assim, para estar sentado de forma relaxada, os meus joelhos estão a invadir o lugar da frente no comboio. Não tenho esse direito, e se alguém se quiser sentar “dou” o lugar, mas quando o comboio tem muitos outros lugares disponíveis...

Se eu me sentar todo direitinho não consigo dormir. Não vale a pena, já tentei. Não sei onde apoiar a cabeça, nem onde apoiar o braço… enfim, não dá. E não é que “o raça” da velha vem (quase) sempre sentar-se à minha frente?

Ela tem todo o direito de fazer isto. Não compreendo, até porque estão mais lugares disponíveis, mas ela tem todo o direito de o fazer. E a mim irrita-me, até porque perco uma boa meia hora de sono.

A ajudar a tudo isto, e como que a recordar-me o que perdi, “o raça” da velha passa o tempo a abrir a boca, como podem ver no gif em baixo. “Raisparta” a mulher pá!

Cá vai a dita senhora. Esperem um pouco e vêem-na de boca aberta. Parece que está a gritar, mas é assim que ela boceja.

2 comentários:

Sara disse...

Só tu, só mesmo tu...

Anónimo disse...

Tão querida! Como podes nutrir um sentimento tão pouco nobre por um velhinha com um ar tão angelical?

peppermint