Apesar do filme já estar disponível em DVD, não me admirava que fosse retomada a projecção nas salas de cinema nacionais. É que a película passou despercebida à grande maioria do público português, tornando-se quase num segredo que era passado entre amigos: «vai ver o “Crash”. Sim, tem o mesmo nome que aquele outro filme de há uns anos, mas não tem nada a ver com quecas e acidentes de automóvel». Agora, com esta distinção, o segredo tornou-se público. Ainda bem. É um filme que merece ser visto, especialmente por aqueles que dizem «eu não sou racista», não suspeitando que a simples afirmação de tal frase os torna no que eles negam.Por vezes Hollywood tem destas coisas e as grandes campanhas de influência, ou marketing, como lhe quiserem chamar, não resultam. Por vezes ganham mesmo os melhores. Por vezes ganham os filmes que retratam o aqui e agora. Por vezes esbarramos com um filme e ficamos a pensar durante dias. Por vezes dá-se esta colisão.
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