terça-feira, agosto 02, 2005

Vi um vivo-morto, ou morto-vivo se preferirem

Na realidade, era uma mulher. Mas só podia estar mais para lá do que para cá. Realmente, não sei porque vou a ouvir música na minha viagem de comboio inicial (Póvoa - Alcântara Terra). É que já devo ter perdido verdadeiras pérolas do "portuguesismo".

Ainda não eram 7h30 e já uma senhora, com um ar sofrível, esmiuçava o rol de doenças que a atormentavam à amiga (que muito se deve ter arrependido de perguntar o educado «então como vai?»). E o mais engraçado, sem ter piada, era que a mulher estava no outro lado do corredor do comboio, ou seja, todos ouvimos o problema das costas, o inchaço com pus, as dores de cabeça, o facto de «isto está muito mal»... Estava à espera que a todo o momento entrasse uma equipa de reportagem da TVI para entrevistar a mulher mais doente do mundo. Mas assim não aconteceu. Ela lá continuou para deleite de todos nós. Ainda assim, acho que vou ter que dar o braço a torcer. É que nunca mais a vi.

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