sábado, maio 26, 2007

DMB

Os gajos raramente saiem dos EUA. Resolveram fazer uma visita à Europa, ou melhor, quatro visitas. Uma delas foi a Lisboa, a 15 minutos de minha casa. Para quem pensou um dia viajar até bem longe para os ver, isto foi a concretização de um sonho.

Foram quase 3 horas e meia de música. E toda muito boa. Quando eles subiram a palco, era olhar para mim e quase que se via a lagrimita ao canto do olho. Quase, que eu estou coração mole, sim, mas também não tanto.

Para comemorar, comprei um boné. Caro, mas a ocasião mereceu. Soube agora que o nome oficial da coisa é “DMB Fidel Cap”. Calha-me bem...

Podia também colocar aqui algumas das minhas músicas preferidas, mas são tantas que o raio da página não chegava.

Que voltem depressa, e que seja ao ar livre. A acústica do Pavilhão Atlântico é uma autêntica merda.

quinta-feira, maio 24, 2007

Portas Não!

A minha filha está a dormir na sala. A televisão está ligada. Está a "dar" a entrevista da Judite ao Paulo Portas.

É melhor ir lá salvá-la, antes que comece a pintar o cabelo, a branquear os dentes ou a ir ao solário de 3 em 3 dias. Que venha a Floribella. Antes isso...

Ser bebé

Para todos aqueles que olham para a minha filha e pensam «quem me dera ser bebé novamente», cá vai uma perguntita:

E que tal voltarem a usar fralda, com merda até ao pescoço?

Tenham juízo pá! Ser bebé também não é nada fácil.

O Glorioso acabou sem glória e a minha filha chora

Conhecem casais que foram pais recentemente? Querem causar-lhes arrepios? É só pronunciar uma palavra:

Cólicas!

Digam-na assim, com ponto de exclamação e em alto e bom som. Vão ver como eles tremem, recordando as noites mal dormidas e os dias mal descansados, tudo sempre ao som de um choro daqueles de partir o coração.

A Carolina anda nesse fase, se bem que quero acreditar que está a passar. Ou então, anda chorosa porque o Benfica não ganhou o campeonato. Ainda não sei bem...

sexta-feira, maio 18, 2007

Eu faço filhas lindas

E tu? Qual é o teu super-poder?

terça-feira, maio 15, 2007

Eu vi merda e sorri

Sim, o título é estranho. Mais à frente perceberão porquê.

A foto em cima é a dos meus olhos, depois de limpar a casa e de ter tido uma noite mais ou menos... Ok, uma noite em que pouco dormi. Dá para perceber as olheiras, certo? Não dá é para perceber o sorriso parvo na cara.

Tenho sono, sim. Tenho mesmo muita vontade de dormir, mas a Carolina chora e tudo passa: a malta acorda, dá colinho ou massaja a barriga, e tudo se resolve. Mesmo quando ela chora e nós temos a mesma vontade de chorar, porque não sabemos como resolver a situação, a coisa acaba sempre por ser resolver.

Tenho um amigo que disse que eu já era pai há muito tempo. Foi dos melhores elogios que me fizeram. Como sou parvo, tentei brincar com situação, afirmando algo do género «então quer dizer que aquelas duas suecas em Albufeira, em 1999...». Mas eu compreendi o que ele quis dizer. Sinto a mesma coisa. Já era pai há muito. Estava apenas à espera da criança.

Acho que não mudei muito, com esta coisa de ser pai. No entanto, noto algumas (poucas) diferenças:

  • Finalmente compreendo as minhas ex-colegas, que tinham 1001 fotografias dos filhos espalhadas pela secretária, no desktop do pc, na carteira, etc. Dá vontade de estar a olhar sempre para eles não está? Não consigo gozar mais com elas. Sempre que posso fico a olhar para a minha filha. Sem fazer nada, apenas a olhar, a cheirar, a beijar.
  • Dá-nos uma vontade, assim quase que uma caganeira repentina, de utilizar diminuitivos. É do caraças tentar controlar o «olhinho», «narizinho», meninazinha», entre muitos outros. O mais irreal é referirmo-nos à merda como «cocózinho». Aquilo é merda pá! Controla-te!
  • Por falar em merda, a minha filha teve dois dias sem largar a poia. Ou melhor, sem soltar o líquido. Estávamos já um pouco preocupados. Até que, com umas massagens, ela se borrou toda. Eu fiquei contente. Eu quase que bati palmas pelo facto da Carolina se ter cagado. Eu vi merda e sorri. Será isto uma prova de insanidade ou de partenidade?
Ela hoje faz uma semana de vida. Dá vontade de gritar bem alto. Uma semana e eu ando aparvalhadamente contente.

baby development

sábado, maio 12, 2007

Aniversário

Hoje fui ao ginásio. Ao passar a cartão na maquineta, a senhora da recepção virou-se para mim e disse «então parabéns».

Fiquei uns segundos a pensar «como é que esta tipa sabe que eu fui pai?». Só depois é que me lembrei que hoje faço 31 anos. No entanto, a prenda já tenho eu desde o dia 8.

sexta-feira, maio 11, 2007

Histórias de embalar

Há pouco, a minha filha chorava que até metia dó. De resto, esta noite foi muito prolífera em choros. Mas enfim, um tipo acorda cansado e ainda assim mantém aquela cara parva de felicidade.

Como dizia, a minha filha chorava. Resolvi contar uma história:

«Era uma vez o Lobo Mau. Espera aí, não era nada o Lobo Mau. Era uma vez a Capuchinho Vermelho que foi visitar a Avózinha e levar-lhe um happy meal. Quando chegou, a Avózinha peguntou-lhe “trouxeste o brinquedo para menino ou para menina?” e a Capuchinho respondeu que era o de menina. A Avózinha disse “porra, que apetecia-me era ter recebido o carrinho que eles estão a dar”.»

Não contei mais. Ela continuava a chorar e a mamoca da mãe entrou em acção. No entanto, descobri que tenho cá um jeitinho para histórias...

quarta-feira, maio 09, 2007

Colinho

Hoje consegui estar mais um pouco com a minha filha ao colo, depois da tentativa falhada de ontem em que chorou que nem uma desalmada. Esteve muito calminha, a fazer "bleh, blah", a olhar para mim, a olhar em volta, e depois adormeceu. Claro que passados uns minutos apareceu a fome e tive que a largar directamente para a mamoca da mãe.

No entanto, enquanto conversava para ela passou uma ambulância que fez um barulho esquisito. Disse-lhe que era a ambulância a dar um traque. Já começou a “deseducação” da minha filha.

Parabéns

Todos me dão os parabéns por ser pai. Sabe bem ouvir e eu agradeço. Vão-me também desculpar por não responder de volta, mas o tempo agora é de curtir a miúda.

Ainda assim, e em relação à “parabenização” de que estou a ser alvo, acho pouco. Um tipo que fabrica uma coisa linda daquelas merecia ser condecorado! Afinal, eu e a mãe estamos a contribuir para o embelezamento mundial, e em grande escala.

Aníbal Cavaco, vem aí o 10 de Junho pá. Estou já de peito inchado à espera da alfinetada da medalha.

Milagres & promessas

Aos peregrinos que se dirigem por esta altura a Fátima, com os pés transformados em bolhas gigantes e com o sol a bater na moleirinha, a Nossa Senhora atende apenas aos “milagres” de quem quer perder peso.

Há coisas que não compreendo, mesmo tentando.

terça-feira, maio 08, 2007

Carolina

Chegou hoje às 7h10.

Mãe e filha estão bem.

O pai está um pouquinho aparvalhado, mas isto é coisa que passará nos próximos anos...

quinta-feira, maio 03, 2007

11

Faz hoje 11 anos, mais ou menos por esta hora, que me espetaram um beijo na boca. Ao contrário das ideais histórias de amor, foi ao som de Mikel Erentxun, ou seja, foi um beijo ao som de música de merda.

No dia seguinte ainda estava um pouco incrédulo com o que tinha acontecido. Pensava que ela já se tinha esquecido/arrependido e que não me iria ligar puto. Mas ligou. Lembro-me até de falarmos da “conquista” que foi os 5 meses de namoro...

Se na altura do beijo me tivessem dito que passados 11 anos esperávamos a primeira filha, eu provavelmente acreditava. Na altura parecia ser essa a coisa certa. E o melhor é que continua a parecer. Venham mais.

Para quem pensa que não sei do que falo quando digo que a musiquinha de Mikel Erentxun é má, é só escutar...